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Mega-Sena acumula de novo. Saiba como investir o prêmio de R$ 36 milhões

Quantia milionária pode ser paga neste sábado (19)

Mega-Sena acumula de novo. Saiba como investir o prêmio de R$ 36 milhões
Lotérica da Caixa em Tremembé, São Paulo. Foto: Tiago Queiroz/Estadão
  • Mega-Sena acumulou novamente e pode pagar neste sábado (19) R$ 36 mi a quem acertar os seis números sorteados
  • Para escolher os ativos, o investidor precisa, primeiramente, ter consciência dos seus objetivos e conhecer seu perfil de risco. Em seguida, ele poderá escolher em quais produtos investir e quanto destinar para cada aplicação
  • Confira as dicas dos especialistas sobre como montar uma estratégia para aplicar a quantia

Ninguém acertou os seis números sorteados na Mega-Sena desta quinta-feira (17) e o prêmio acumulou novamente. Neste sábado (19), o vencedor do sorteio vai receber R$ 36 milhões e como o E-Investidor já mostrou, aplicar a bolada na poupança significa perder dinheiro. Antes, com o prêmio de R$ 32 milhões a aplicação na caderneta significaria perder R$ 172,8 mil em um ano. Com o novo incremento no valor, o prejuízo passaria a ser de R$ 194,4 mil.

Como não é todo dia que se ganha R$ 36 milhões, o sortudo que se tornar milionário não vai querer ver o patrimônio ser engolido pela aplicação mais popular do Brasil. Por isso, especialistas do mercado recomendam um bom planejamento financeiro para proteger e também multiplicar o montante.

“A estratégia tem que ter três pilares centrais: liquidez, eficiência e diversificação”, afirma Sigrid Guimarães, sócia e CEO da Alocc Gestão Patrimonial.

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Para escolher os ativos, o investidor precisa ter consciência dos seus objetivos e conhecer o seu perfil de risco. O segundo passo é escolher em quais produtos investir e quanto destinar para cada aplicação. “Todos têm necessidades diferentes. A classe de ativos vai variar dependendo de quanto ele quer se expor” diz Maria Eduarda Strucchi, head comercial CFP da Ágora Investimentos.

Apesar disso, as especialistas ressaltam que independentemente de quais forem as aplicações e os montantes, é de suma importância traçar o planejamento nas três frentes citadas. “Assim o investidor tem uma carteira segura e que gere bons lucros”, comenta Guimarães.

Como ter liquidez, eficiência e diversificação?

Para conseguir liquidez na carteira, a orientação é que o investidor aposte em produtos de renda fixa com pequenos prazos para resgate. O ideal é que valor deixado nesses ativos seja para a reserva de emergência.

Ou seja, este dinheiro não vai render tanto, pois o objetivo neste caso é ter a disponibilidade de sacar quando houver necessidade. “Com o prêmio da Mega, eu separaria cinco anos do meu custo de vida para esses ativos”, recomenda a CEO da Alocc.

Para se ter uma ideia, a baixa rentabilidade não se restringe apenas à poupança. Levando em conta o valor bruto de uma aplicação de um CDB 110% do CDI, LCI/LCA 105% do CDI e o Tesouro Selic em um ano, apenas os dois primeiros apresentam retorno maior que o da inflação. (Confira os valores no final da reportagem)

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Neste cenário, após ter separado o valor para reserva de emergência, o investidor deve buscar produtos de maior risco para compensar a falta de rentabilidade da renda fixa e trazer eficiência ao portfólio. E é justamente agora que os perfis de investimento se separam.

Para quem quer se expor mais à volatilidade do mercado, por exemplo, a indicação é apostar em ações, seja diretamente ou através de fundos. Já para o investidor que não quer tomar muitos riscos, os fundos multimercados devem ocupar um percentual maior nas aplicações. “No cenário atual de juros do País não tem como ter eficiência na carteira ficando apenas na renda fixa”, explica Guimarães.

Definido a parcela do patrimônio que será destinada à reserva de emergência e aos outros ativos para impulsionar os ganhos, começa o trabalho de diversificação. Nesta etapa, além de olhar para os ativos, o investidor deve buscar diferentes emissores e gestores. “Quando se fala em um portfólio de patrimônio tão grande, deve ser feita uma curadoria ainda maior”, diz Strucchi.

Com R$ 36 milhões na mão, o investidor tem um leque de opções à frente. Cabe ao “sortudo” se planejar, conhecer os diferentes mercados e abusar da diversificação. “Assim, a carteira fica mais segura e mais rentável”, afirma a head da Ágora.

Rentabilidade de produtos de renda fixa em 1 ano

Aplicação Rentabilidade em 1 ano Valor bruto
CDB 110% do CDI* 2,09% R$ 36.752.400
LCI/LCA 105% do CDI 2% R$ 36.718.200
Inflação 1,94% R$ 36.698.400
Tesouro Selic* 1,65% R$ 36.592.290
Poupança 1,40% R$ 36.504.000

Fonte: Ágora Investimentos. *Necessário fazer a dedução do IR

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