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Como ficam os títulos do Tesouro com a Selic a 12,25% ao ano

Para analistas, esta continua sendo uma aplicação rentável, especialmente considerando o baixo risco

Como ficam os títulos do Tesouro com a Selic a 12,25% ao ano
Investimentos no Tesouro Direto são garantidos pelo governo federal. (Fonte: Shutterstock/ Brenda Rocha - Blossom/Reprodução)
O que este conteúdo fez por você?
  • O Copom reduziu a taxa básica de juros de 12,75% para 12,25% ao ano. A medida impacta os investimentos atrelados à Selic, como alguns títulos do Tesouro.
  • Apesar do corte, o Tesouro Selic ainda rende mais que a poupança e bate até mesmo o Ibovespa, além de ganhar com folga da inflação.
  • Levantamento mostra como ficam investimentos no Tesouro Selic aplicados por um ano.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realizou nesta quarta-feira (1º) um novo corte de 0,5 ponto porcentual na Selic, reduzindo a taxa básica de juros do País de 12,75% para 12,25% ao ano. A medida tem reflexos nos investimentos que são corrigidos pela taxa. Entre eles, o Tesouro Selic.

Para analistas do mercado, porém, mesmo com a queda, essa continua sendo uma aplicação rentável, especialmente considerando o baixo risco. Com a Selic a 12,25% ao ano, o Tesouro ainda ganha com folga da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula alta de 3,5% no ano e de 5,19% nos últimos 12 meses.

O título também ganha da poupança. Quando a Selic está acima de 8,5%, a caderneta tem rendimento limitado a 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial (TR), hoje em 0,1397% ao mês.

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Nos patamares atuais, o Tesouro Selic tem rendido mais até mesmo que as principais ações da Bolsa de São Paulo (B3). No ano, o Ibovespa, índice que representa esses papéis, teve alta de menos de 6%.

Igor Seixas, sócio e head de Renda Fixa da Inove Investimentos, afirma que os títulos atrelados à Selic continuam muito atrativos, em especial, o Tesouro, por ter a garantia do governo federal. Segundo o analista, essas aplicações costumam ter baixa volatilidade em comparação a outros títulos que são atrelados à inflação, por exemplo.

"Apesar do corte, esses títulos continuam em um patamar muito próximo de 1% ao mês. E isso não é nada mal, principalmente se você comparar com a poupança, que roda bem abaixo disso. E o investidor foge da marcação a mercado", ressalta Seixas.

O especialista lembra ainda que o Tesouro Selic é considerado mais vantajoso que a poupança, pois além de render mais, possui capitalização diária, enquanto a caderneta paga os rendimentos mensalmente. Ou seja, no Tesouro, o investidor receberá o rendimento proporcional ao tempo aplicado em qualquer momento do mês. Já na poupança o pagamento dos juros ocorre a cada mês, de acordo com a data de aniversário do depósito. Se o resgate for feito antes desse dia, o investidor não receberá a remuneração daquele mês.

Reserva de emergência

O Tesouro Selic é recomendado para investimentos de curto prazo ou que necessitam de liquidez, como é o caso da reserva de emergência. Se o investidor busca uma aplicação de longo prazo, porém, o Tesouro Pré-Fixado tem apresentado rentabilidade maior neste cenário de queda da taxa Selic, avalia Jaqueline Benevides, sócia da plataforma InvestAI e especialista em renda fixa.

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A analista fez duas projeções, com títulos com prazos para 2026 e 2029. Nos dois casos, o rendimento é maior no Pré-Fixado, considerando que o investidor deixaria o dinheiro aplicado até o vencimento.

Segundo cálculos da especialista considerando as taxas atuais, o Tesouro Selic 2026 teria rendimento bruto de 22,52% no vencimento, enquanto o Pré-Fixado 2026 pagaria um retorno de 25,75%. Já o Tesouro Selic 2029 renderia 57,07% no fim do prazo, e o Pré-Fixado 2029 teria rentabilidade de 76,81%.

"O Tesouro Selic é utilizado muitas vezes como reserva de emergência. No Pré-Fixado, o investidor sabe o que vai receber ao ano. Se o investidor está pensando em fazer retirada daqui a três meses, quatro meses, ele não tem que olhar para o Tesouro Pré-Fixado. Essas são simulações feitas para se levar até o vencimento, quando o Pré-Fixado vai dar mais rentabilidade no final. Se tiver que sacar antes, o investidor estará sujeito à marcação a mercado e pode sair com prejuízo", explica Jaqueline.

A analista sugere que, antes de decidir onde aplicar o dinheiro, o investidor faça simulações no site do Tesouro Direto e compare as opções de títulos, considerando o prazo.

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