- Se, por um lado, houve quem conseguiu crescer mesmo com o isolamento social, como o e-commerce, na outra ponta alguns setores simplesmente não tiveram como fazer do limão uma limonada. É o caso de empresas ligadas à aviação
- O topo da lista, por exemplo, foi ocupado pela IRB Brasil, que, além da pandemia, precisou lidar com uma severa crise de credibilidade entre investidores por conta de escândalos de fraude envolvendo a sua antiga diretoria. O maior ressegurador do País teve uma queda de 71,76% nos seus papéis negociados na B3
- O setor de aviação foi duramente impactado pelos efeitos da covid-19 no mundo, uma vez que o espaço aéreo foi fechado em diversos países. Das ações que mais despencaram nos seis primeiros meses do ano, quatro são ou têm ligação com este setor
A pandemia de covid-19, como esperado, amargou os planos de crescimento de diversas empresas. Se, por um lado, houve setor que conseguiu crescer mesmo com o isolamento social, como o e-commerce, na outra ponta alguns ramos simplesmente não tiveram como “fazer do limão uma limonada”. É o caso de empresas ligadas à aviação, que figuram entre as 10 ações que mais se desvalorizam no primeiro semestre de 2020, considerando as companhias com volume médio diário acima de R$ 500 mil. Mas os motivos vão além.
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O topo da lista, por exemplo, foi ocupado pela IRB Brasil RE (IRBR3), que, fora a pandemia, precisou lidar com uma severa crise de credibilidade entre investidores por conta de escândalos de fraude envolvendo a sua antiga diretoria. O maior ressegurador do País teve uma queda de 71,76% nos seus papéis negociados na B3.
“Investir em uma companhia que com crise de credibilidade em um ano tão incerto como esse não faz muito sentido. Por isso a gente viu um fluxo bem negativo no papel. E para ter uma retomada com o passar do tempo são necessárias mudanças de governabilidade bem severas”, avalia Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos, sobre a situação do IRB.
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O setor de aviação, contudo, foi duramente impactado exatamente pelos efeitos da onda de covid-19 no mundo, uma vez que o espaço aéreo foi fechado em diversos países. Das ações que mais despencaram nos seis primeiros meses do ano, quatro são ou têm ligação com este setor: Azul S.A. (AZUL4) (1ª), Smiles Fidelidade (SMLS3) (3ª), Embraer S.A. (EMBR3) (6ª) e CVC Brasil Operadora e Agência de Viagens S.A. CVCB3 (7ª).
“Essas empresas melhoram à medida que a economia for melhorando, à medida que notícias positivas com relação à vacina, evoluções de aberturas econômicas, não só no Brasil como no mundo, voltarem a fluir. Então precisa ficar bem atento o investidor que queira aportar recursos nesses ativos. Tem que aceitar o nível de risco da ordem de pelo menos 50% e poder ver o seu capital se deteriorar”, aconselha Marcio Loréga, analista da Ativa Investimentos.
A lista ainda engloba empresas do setor imobiliário (Brasil Brokers), entretenimento (Time For Fun) e de moda (Hering, Le Lis Blanc e Tecnhos).
As dez ações que mais despencaram no 1º semestre de 2020
1ª. IRB Brasil RE (IRBR3): -71,76%
2ª. Azul S.A. (AZUL4): -65,49%
3ª. Smiles Fidelidade (SMLS3): -62,28%
4ª. Brasil Brokers Participações S.A. (BBRK3): -60,17%
5ª. Le Lis Blanc (LLIS3): -59,41%
6ª. Embraer S.A. (EMBR3): -59,00%
7ª. CVC (CVCB3): -58,58%
8ª. Technos S.A. (TECN3): -58,33%
9ª. Hering (HGTX3): -57,93%
10ª. Time For Fun (SHOW3): -57,92%
Fonte: Economatica
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