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22 fundos imobiliários que pagam os maiores dividendos acima da Selic

Os fundos de papel são os de maior destaque, em função dos investimentos de renda fixa voltados ao setor imobiliário

22 fundos imobiliários que pagam os maiores dividendos acima da Selic
Dexxos (DXPA4, DXPE3) paga dividendos em agosto; veja valores. Foto: Pixabay
  • Segundo analistas, os fundos de papel possuem em sua composição títulos em renda fixa que se beneficiam com o aumento da inflação e a alta da Selic
  • No entanto, devido ao alto retorno em dividendos, os especialistas alertam para analisar a capacidade de pagamento desses fundos antes de investir. A medida é uma forma de minimizar os riscos
  • A perspectiva para os próximos meses é que esses FIIs continuem com bons retornos. No entanto, há outros segmentos que oferecem boas oportunidades de investimento

Segundo levantamento feito pela Economatica, a pedido do E-Investidor, há pelo menos 22 fundos imobiliários (FIIs) que pagam os maiores dividendos com taxas acima da Selic e devem entrar no radar dos investidores.

A categoria que mais se destaca é a dos fundos de papel, em função dos investimentos de renda fixa voltados ao setor imobiliário.

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“Esses fundos se beneficiam porque possuem em sua carteira Certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), títulos indexados a indicadores macroeconômicos, como IPCA e IPG-M, por exemplo, que acompanham essa pressão inflacionária e alta da taxa de juros”, explica Guilherme Ishigami, broker da mesa de renda variável da RJ Investimentos.

Por esse motivo, a média percentual de taxa paga em dividendos por esses fundos consegue ser maior em comparação a outros segmentos de FIIs.

No entanto, Rodrigo Friedrich, sócio e assessor de investimentos da Renova Invest, alerta para os riscos que o investidor pode estar suscetível.

“Para ter um retorno acima da taxa de juros tem que recorrer para os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI)”, explica Friedrich. “O problema é que o CRI não tem fundo garantidor de crédito”, acrescenta o sócio e assessor de investimentos da Renova Invest.

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Mas há formas de reduzir os riscos na hora de investir. Caio Araújo, analista de investimentos na Empiricus Research, sugere ao investidor analisar a capacidade de pagamento das gestoras dos fundos.

“As gestoras normalmente disponibilizam os relatórios gerenciais dos fundos”, orienta Araújo. Analisar o setor que o FII está envolvido e a localização também é importante antes de investir. “A localização talvez traga um risco maior para aquela operação e pode comprometer o pagamento do CRI”, ressalta o analista da Empiricus.

Atrativas até quando?

A perspectiva para os próximos meses é que os fundos de papel continuem apresentando rendimentos atrativos para os investidores devido à projeção de novos aumentos da Selic.

Segundo as estimativas do Boletim Focus, a taxa básica de juros deve encerrar 2022 a 11,75% ao ano. Isso significa que novas altas devem ocorrer nas próximas reuniões.

"Não tem como ter previsão do mercado, mas temos muitos fundos indexados à taxa básica de juros e que acompanham esse movimento de alta", explica Araujo.

Mas os fundos de tijolos também podem oferecer boas oportunidades de investimento nos próximos meses.

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De acordo com Gabriel Teixeira, analista de fundos imobiliários da Ativa Investimentos, os FIIs de lajes, logística e shoppings estão com preços bastante descontados e, por isso, podem apresentar alto retorno financeiro. No entanto, essa possibilidade vai depender de bons fundamentos, como a localização.

"Muitos desses fundos estão descontados quando olhamos indicadores como P/VP (preço/valor patrimonial) ou mesmo seu custo de reposição (custo para construir um novo imóvel equivalente). Isso possibilita aos investidores adquirir fundos que têm imóveis de alta qualidade abaixo do seu 'preço justo' de mercado", ressalta Teixeira.

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