Ainda na agenda econômica desta quarta-feira, o investidor acompanha dados do setor de serviços no Brasil e palestra do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, em seminário sobre Política Monetária Brasileira, promovido pelo IEPE/Casa das Garças.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dará entrevista à Rádio Diário FM de Macapá e se reúne com ministros de Casa Civil, Fazenda, Minas e Energia, Gestão e Advocacia-Geral da União (AGU). O Tribunal de Contas da União (TCU) deve votar um recurso contra a medida cautelar que permitiu o bloqueio de recursos do Programa pé-de-meia. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista a José Luiz Datena (SBT).
No noticiário de ações da Bolsa de Valores, Suzano (SUZB3) e Totvs (TOTS3) publicam balanços, após o fechamento da B3. Confira os detalhes aqui.
O presidente do Fed depõe à Câmara dos Representantes no mesmo horário de discurso da dirigente do Banco da Inglaterra (BoE), Megan Greene. O dirigente do Fed Raphael Bostic, de Atlanta, e o diretor Christopher Waller discursam. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulga relatório mensal sobre petróleo.
Principais destaques do mercado financeiro hoje
Dados dos EUA e tarifas de Trump movimentam as bolsas internacionais
Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) sobem. O dólar avança ante o iene pelo terceiro dia seguido. O presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, afirmou que o aumento dos juros dependerá das condições econômicas do país.
Para o CPI dos EUA, espera-se uma alta de 0,3% em janeiro, após 0,4% do mês anterior, e avanço de 2,9% na comparação anual, ainda acima da meta do Fed de 2%. O presidente do Fed, Jerome Powell, reafirmou na terça-feira (11) que não há pressa para cortar juros nos EUA.
Há também a expectativa de um anúncio de tarifas “recíprocas” pelo presidente americano, Donald Trump, que estaria planejando também restringir e combinar o poder dos órgãos reguladores do setor bancário, sem a participação do Congresso.
As bolsas europeias ganham impulso de balanços corporativos, com destaque para a Heineken (HEIA34), que anunciou lucro abaixo das previsões, mas um programa de recompra de ações de 1,5 bilhão de euros agradou.
Volume de serviços recua em dezembro
O volume de serviços prestados caiu 0,5% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, o resultado do indicador foi revisto de uma queda de 0,9% para recuo de 1,4%.
O resultado de dezembro foi mais fraco do que o esperado – a mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast apontava alta de 0,1% para o setor de serviços. O intervalo de previsões ia de queda de 2,2% a alta de 0,8%. Na comparação com dezembro do ano anterior, houve alta de 2,4% em dezembro de 2024, já descontado o efeito da inflação.
Nessa comparação, as previsões eram de uma elevação de 0,5% a 4,6%, com mediana positiva de 3,4%. A taxa acumulada no ano de 2024 foi de elevação de 3,1%. As projeções iam de avanço de 3,0% a 3,3%, com mediana de 3,2%.
Commodities hoje: minério de ferro sobe, petróleo recua
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em alta de 0,91%, cotado a 828,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 113,37 nos mercados de Dalian, na China. Já o petróleo recua após acumular ganhos por três sessões consecutivas, à espera do relatório mensal da Opep sobre o mercado. O barril do tipo WTI cede 1,30%, enquanto Brent recua 1,10% às 8h10.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) subiam 0,63% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h15 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) recuavam 0,29% no mesmo horário.
Expectativas para o Ibovespa hoje
Os ativos financeiros devem ter oscilações moderadas, aguardando os dados do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA e repercutindo a entrevista do presidente Lula.
Quanto às tarifas de Trump sobre aço e alumínio importados pelos EUA, que entram em vigor em março, o governo brasileiro deve analisar seus efeitos antes de tomar uma decisão.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um aumento na projeção de economia com o pacote fiscal de 2025, agora estimada em R$ 34 bilhões, devido ao impacto maior das medidas no orçamento. Esses novos números serão apresentados ao relator do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), senador Ângelo Coronel, e pode repercutir no mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast