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Mercado hoje: balanço da Vale (VALE3), IPCA-15 e mais 4 assuntos que devem fazer preço hoje

Cortes de juros no exterior e a primeira leitura do PIB dos EUA devem movimentar as bolsas; confira a agenda

Mercado hoje: balanço da Vale (VALE3), IPCA-15 e mais 4 assuntos que devem fazer preço hoje
Imagem: Adobe Stock

A agenda econômica desta quinta-feira (25) concentra atenções no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de julho. As primeiras leituras do Produto Interno Bruto (PIB) e do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) do segundo trimestre dos Estados Unidos também devem movimentar o mercado hoje. A agenda local traz os balanços de Vale (VALE3), Multiplan (MULT3) e Hypera (HYPE3).

Ainda na agenda internacional, a reunião da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e os resultados trimestrais de empresas europeias e americanas ficam no radar. Juntamente aos indicadores dos EUA, haverá a publicação dos pedidos semanais de auxílio-desemprego e das encomendas de bens duráveis em junho.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e o diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, Paulo Picchetti, participam da terceira reunião de ministros das Finanças e presidentes de BCs do G20 (grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia). Já o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, abre fórum Coreia-América Latina e Caribe.

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Enquanto isso, no Rio de Janeiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cumpre agendas do G20 e tem reuniões bilaterais com Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Tesouro do Reino Unido ao longo do dia.

Os dados do setor externo e de arrecadação do governo em junho também serão acompanhados. O Tesouro fará leilões de venda de títulos prefixados, sendo Letras do Tesouro Nacional (LTN) e Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F).

Confira os 6 assuntos em destaque no mercado hoje

Bolsas internacionais

As bolsas na Ásia fecharam em baixa e o destaque foi o tombo de 3,28% do Nikkei, no Japão, que entrou em território de contração depois de acumular perdas de mais de 10% desde a máxima histórica que atingiu em 11 de julho.

Investidores respondem às fortes perdas dos índices Nasdaq e S&P 500, que tiveram o pior desempenho diário desde 2022 na quarta-feira (24), por causa dos resultados da Tesla (TSLA34), a montadora de veículos elétricos, e o balanço da Alphabet (GOGL34), controladora do Google – veja aqui como encerrou o último pregão.

Os índices acionários na Europa seguem pressionados, assim como os futuros de NY, por resultados corporativos, sobretudo de empresas de tecnologia. Pesam negativamente também balanços de IBM (IBMB34) e nas ações europeias os resultados de Stellantis (STLAM), Lloyds (L1YG34) e Anglo American, enquanto Unilever (ULEV34) agradou e os papéis da Air France-KLM (AF) se recuperam, após caírem na esteira da divulgação do balanço.

Os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) e o dólar frente moedas rivais recuavam, após apontarem sinais divergentes na quarta-feira (24) – veja aqui como as moedas globais encerraram o último pregão.

Cortes de juros

No radar estão ainda as especulações de intervenção do Banco do Japão (BoJ) no câmbio para apoiar o iene e de possível aumento de juros em reunião monetária na próxima quarta-feira (31). Nem mesmo o corte inesperado nas taxas das linhas de empréstimos na China nesta quinta-feira, três dias após ter reduzido os juros de referência, animou os investidores.

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Nos EUA, as expectativa pelo início do corte de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em setembro crescem com o resultado do PIB e do PCE divulgados esta manhã. Também é esperada uma manutenção das taxas dos Fed Funds (equivalente à taxa Selic no Brasil) na faixa atual de 5,25% a 5,50% ao ano, na próxima quarta-feira (31).

O PIB americano cresceu ao ritmo anualizado de 2,8% no segundo trimestre de 2024, segundo cálculo inicial divulgado pelo Departamento de Comércio do país. O resultado superou o teto das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de altas de 1% a 2,5%, com mediana de 2,1%.

A leitura inicial mostrou forte aceleração da economia americana em relação ao primeiro trimestre, quando o PIB dos EUA mostrou expansão anualizada de 1,4%.

O Departamento do Comércio informou também que o PCE subiu ao ritmo anualizado de 2,6% no segundo trimestre, perdendo força depois de avançar 3,4% no primeiro trimestre. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, aumentou 2,9% entre abril e junho, desacelerando também ante o ganho de 3,7% do trimestre anterior. O PCE é a medida de inflação preferida do Fed.

Commodities

O petróleo volta a ceder por insegurança também sobre a demanda chinesa e as perdas expressivas em NY, após subir na quarta-feira (24) – interrompendo quatro sessões de queda. O minério de ferro vai na mesma direção, fechando em queda de 1,55% na China.

Balanço da Vale

Na Bolsa, investidores ficam atentos às ações da Vale antes do balanço do segundo trimestre, que sai após o fechamento do pregão. Segundo o Prévias Broadcast, pela média de oito casas consultadas, a mineradora deve lucrar US$ 1,923 bilhão, alta de 115,6% frente ao mesmo período de 2023, um resultado que poderia surpreender o mercado.

Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da mineradora estavam estáveis no pré-mercado em Nova York às 7h10, enquanto os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) perdiam 0,55% diante da queda do petróleo.

IPCA-15

A alta de 0,30% registrada em julho pelo IPCA-15 foi a mais acentuada para o mês desde 2022, quando subiu 0,72%.

O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses acelerar de 4,06% em junho para 4,45% em julho, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho de 2023, o IPCA-15 tinha registrado queda de 0,07% e, em julho de 2022, houve alta de 0,13%.

Mercado brasileiro

Os mercados vão focar no IPCA-15 na abertura, que deve ajustar apostas para o Comitê de Política Monetária (Copom), mas a cautela no exterior tende a pesar no humor.

Contudo, o alívio nos juros dos Treasuries pode amenizar o impacto nos depósitos interbancários (DIs) e câmbio da alta do dólar frente moedas emergentes e ligadas a commodities. Na quarta-feira (24), os juros futuros subiram e o dólar escalou a R$ 5,6562 no mercado à vista diante da deterioração dos mercados em Nova York à tarde.

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Investidores seguem ainda atentos ao risco fiscal no mercado hoje. Em entrevista à Globonews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que recentemente defendeu a aplicação de um pente fino nos programas sociais que resultou em uma economia de R$ 26 bilhões, disse que o governo quer resgatar a robustez dos programas sociais, mas reiterou que irá perseguir o déficit primário zero, sobretudo com um cenário internacional desafiador como o que se apresenta.

*Com informações do Broadcast