A oferta pública inicial de ações é 95,8% de origem primária, portanto, o caixa da empresa receberá R$ 777,778 milhões. Os outros R$ 33,816 milhões (4,2%), de origem secundária, irão para o bolso dos acionistas que venderam suas participações na companhia.
A Mobly é a uma das novas varejistas, com participação no e-commerce, que vão entrar na Bolsa em 2021. Conforme o prospecto preliminar, a empresa pretende usar 50% do volume de dinheiro captado no IPO para o fortalecimento do seu capital de giro e estrutura financeira. Além disso, 35% dos recursos deverão ser destinados para investimento em marketing e publicidade e 15%, para investimento em bens de capitais, segundo o comunicado.
A oferta tem coordenação dos bancos Morgan Stanley (líder), Bradesco BBI, Itaú BBA e Goldman Sachs.
A empresa
No prospecto, a Mobly se define como uma plataforma Home & Living líder no Brasil com atividade no setor varejista de móveis, artigos de decoração e utilidades domésticas, voltada para transações de venda on-line diretamente com o consumidor ou por intermédio de empresas parceiras.
Com foco maior no e-commerce, a empresapossui um portfólio composto por 11 lojas físicas, incluindo megastores, outlets e lojas compactas, que representaram 9.24% da receita líquida operacional de janeiro a setembro de 2020.
Apesar da crise iniciada no ano passado por conta da covid-19, a companhia conseguiu reportar crescimento em alguns indicadores, realidade observada em outros pares do setor, que foram beneficiados pela rápida evolução do comércio eletrônico no período.
Até o terceiro trimestre de 2020, a companhia registrou R$ 554, milhões em volume de vendas, um crescimento de 48% frente ao acumulado (R$ 375,1 milhões) dos nove primeiros meses de 2019. Já a receita líquida cresceu 50%: foram R$ 420,8 milhões de janeiro a setembro de 2020, contra R$ 279,8 milhões nos mesmos meses de 2019.