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- Prisão de assessor de Flávio Bolsonaro deve levar Jair Bolsonaro a subir o tom contra Supremo
- Dia também terá divulgação do Índice de Atividade Econômica, com expectativa negativa
(Estadão Conteúdo) – Os mercados locais começam o dia surpreendidos pela prisão, nesta manhã, do policial militar aposentado Fabrício Queiroz, próximo do clã Bolsonaro e ex-assessor parlamentar do gabinete de Flávio Bolsonaro, quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro. A notícia pode trazer pressão aos negócios em meio ao ajuste do mercado ao comunicado um pouco mais hawkish do Copom e cautela no exterior com novos surtos de covid-19 nos EUA e na China.
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Queiroz foi preso num imóvel do advogado de Flávio. A prisão faz parte da investigação que apura esquema de “rachadinha – quando os assessores têm que devolver parte dos salários recebidos – na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, além de lavagem de dinheiro.
Queiroz também depositou cheque de R$ 24 mil na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, uma operação considerada atípica pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). O presidente alega que o dinheiro era uma devolução de um empréstimo de R$ 40 mil que fizera a Queiroz. Com essa prisão, é provável também que Bolsonaro volte a elevar o tom em suas declarações e trazer ruídos, como tem feito diante da ofensiva recente do Supremo Tribunal Federal (STF) contra bolsonaristas.
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Com relação ao Copom, após confirmar a expectativa do mercado de corte de 75 pontos-base da Selic, para 2,25%, o comitê de política monetária sinalizou que um eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual, mencionando ainda uma piora da trajetória fiscal por conta da pandemia do coronavírus. Com a Selic a 2,25%, o Brasil registra juro real (descontada a inflação) negativo, conforme apurou o Broadcast.
O mercado já precifica uma possibilidade maior de corte de 25 pontos-base da Selic em agosto e, portanto, o ajuste na curva deve ser pequeno. A expectativa de economistas era de alívio pequeno hoje e essa reação, especialmente nos longos, pode ser ofuscada pela cautela político e no exterior.
Também hoje Bolsonaro deve gravar e publicar nas redes sociais um vídeo ao lado de Abraham Weintraub para oficializar sua demissão do Ministério da Educação. Conforme apurou o Broadcast, um cenário provável é o de que Weintraub assuma um posto no Banco Mundial e em seu lugar entre o secretário nacional de Alfabetização, Carlos Nadalin, seguidor do guru Olavo de Carvalho e também defensor do homeschooling. Ontem o Supremo decidiu manter Weintraub, no inquérito que apura ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR) de abril, será divulgado às 9 horas. Pesquisa do Projeções Broadcast indica mediana negativa de 10,24%, que deve levar o indicador ao nível mais baixo desde outubro de 2006. Ante abril de 2019, a mediana é de redução de 15% – quase 10 vezes superior ao resultado nessa métrica em março (-1,52%). A segunda prévia do IGP-M de junho sai às 8 horas. O Tesouro Nacional faz leilão de LTN, NTN-F e LFT, às 11 horas. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, participa de webinar promovida pela bolsa de valores B3 sobre investimentos no setor na retomada pós-pandemia, às 11h30.
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Decisão do BOE e auxílio-desemprego nos EUA no radar – No exterior, O Banco da Inglaterra anuncia decisão de política monetária às 8 horas. Nos EUA, saem os pedidos de auxílio-desemprego na semana até 13/06, às 9h30. O FMI realiza coletiva de imprensa via web, às 10h30