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- O fundo Verde, da gestora Verde Asset, caiu 0,41% em março, na contramão do CDI de 1,17%
- De acordo com a Verde Asset, o novo arcabouço fiscal é ao mesmo tempo pior do que o necessário e melhor que o temido pelo mercado
- A quebra do Silicon Valley Bank (SVB) no dia 10 de março, 17º maior banco dos EUA, deve continuar a repercutir nos mercados financeiros
O famoso fundo Verde caiu 0,41% em março, na contramão do CDI de 1,17%. No mês, as perdas da aplicação da gestora Verde Asset, de Luis Stuhlberger, vieram da posição em ações e inflação implícita no Brasil, juros nos EUA e Japão. Os ganhos vieram da posição comprada em ouro, inflação americana e juros longos europeus.
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Entre as principais movimentações, a aplicação iniciou uma pequena alocação comprada em dólar contra o real e reduziu marginalmente a exposição na bolsa brasileira.
“A posição comprada em inflação implícita no Brasil foi mantida, e continuamos tomados em juros na parte curta da curva e comprados em inflação nos EUA. A posição em ouro foi mantida, mas zeramos a alocação em petróleo”, afirma a Verde Asset, em relatório. “As posições em crédito high yield global e crédito local foram mantidas.”
Arcabouço fiscal
De acordo com a Verde Asset, o novo arcabouço fiscal é ao mesmo tempo pior do que o necessário e melhor que o temido pelo mercado.
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A gestora aponta que é fato que a maior parte da regra depende do aumento das receitas, o que levará a discussões “complicadas” no Congresso devido a uma possível necessidade de elevação de impostos.
Ainda assim, a busca por superávits primários nos próximos anos é um sinal positivo e levou a uma momentânea redução dos prêmios de risco, além da diminuição das expectativas para os juros e câmbio.
“Por ora, nos parece que o verdadeiro conflito fiscal deste governo virá em 2025 e particularmente 2026, defronte o calendário eleitoral”, afirma a Verde, no documento. Já a bolsa, segundo a gestora, continuaria vítima da “soma” de todos os medos.
A taxa Selic em 13,75% ao ano continua travando as perspectivas, enquanto o endividamento das companhias gera preocupações, principalmente considerando o atual cenário de crédito escasso. Por último, a expectativa de aumento de impostos em função do novo arcabouço, também é uma força negativa.
Crise bancária no mundo
A quebra do Silicon Valley Bank (SVB) no dia 10 de março, 17º maior banco dos EUA, deve continuar a repercutir nos mercados financeiros. Para a Verde, a falência do SVB não foi uma questão macro, mas consequência de uma combinação perversa de problemas micro: má gestão do duration dos ativos do banco, com uma altíssima correlação dentro da base de depositantes da instituição e, por fim, uma “corrida bancária” digital.
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A gestora acredita que não estamos revivendo uma crise aos modelos de 2008 e que os problemas do sistema financeiro não são de solvência, mas de liquidez. “Algo que os Bancos Centrais podem endereçar sem os mecanismos da taxa de juros”, afirma a Verde.
Na esteira da crise bancária, a Verde continua acompanhando de perto o setor financeiro, com atenção especial às hipotecas comerciais de bancos médios. Ainda assim, a economia americana continua resiliente e o Federal Reserve (banco central americano) continua com pouco espaço para começar a cortar juros, dada a inflação persistente.