- Nesta terça-feira (20), a mineradora Arthur Mining anuncia a captação de US$ 2 milhões em rodada seed de investimento liderada pelo Green Rock e pela gestora carioca de venture capital Fuse Capital
- Agora avaliada em US$ 10 milhões, a companhia tem foco em promover mineração de bitcoin ‘verde’, ou seja, com custos e fontes de energia mais baratos e sustentáveis
- Para isso, a Arthur Mining utiliza gás desperdiçado e subvalorizado provenientes da indústria de óleo e gás para minerar a criptomoeda
Nesta terça-feira (20), a mineradora de bitcoins Arthur Mining anuncia a captação de US$ 2 milhões em rodada seed (investimento semente) liderada pelo Green Rock e pela gestora carioca de venture capital Fuse Capital. Agora avaliada em US$ 10 milhões, a companhia tem foco em promover mineração de bitcoin ‘verde’, ou seja, com custos e fontes de energia mais baratos e sustentáveis.
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Para isso, a Arthur Mining utiliza gás desperdiçado e subvalorizado provenientes da indústria de óleo e gás para minerar a criptomoeda. O aporte será utilizado para aumentar a estrutura e capacidade de mineração e, assim, diminuir os custos do negócio. Com todas esses investimentos, o objetivo é consolidar a empresa como uma referência ESG (boas práticas sociais, ambientais e de governança) do setor.
Fundada por brasileiros em 2019, a mineradora atua em solo americano. “Nosso processo torna as operações lucrativas mas, principalmente eficientes e ecologicamente corretas, pois há uma grande preocupação da nossa parte em reduzir as emissões de gases de efeito estufa associadas às atividades de queima e ventilação”, explica Ray Nasser, CEO da Arthur Mining.
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Segundo o executivo, a mineradora de criptomoeda deve crescer 300% nos próximos cinco meses. A expectativa da Arthur Mining é também captar US$ 40 milhões na próxima rodada (série A), que deve ocorrer ainda neste ano. Em 2022, a companhia tem o projeto de abrir capital nos EUA como um SPAC, que são fundos que se listam em Bolsa com o propósito específico de adquirir companhias privadas – no modelo conhecido como ‘IPO do cheque em branco’.
Para Rudá Pellini, presidente da Arthur e cofundador da Wise&Trust, o baixo custo da energia, que é o principal insumo para a produção de bitcoins, é um grande diferencial da mineradora no mercado. “Nosso custo de energia hoje é de US$1.53c/kWh, e estamos indo para US$ 1.2c/kwh. Para título de comparação, no Brasil, hoje o custo de energia no mercado livre gira em torno de 10 vezes nosso custo nos EUA”, ressalta Pellini.
O mercado de mineração global de criptomoedas possui hoje, segundo a Arthur Mining, US$ 16 bilhões em receita. Em dois anos, a empresa vê esse número indo para US$ 30 bilhões. A opinião é compartilhada pela Fuse Capital.
“Acreditamos que a mineração de crypto é um ativo descorrelacionado e perfeito para compor nossa carteira híbrida, pois tem fluxo financeiro de dívida com opcionalidade de equity no caso de listagem”, afirma João Zecchin, cofundador da Fuse.