Authentic Brands, dona da Forever 21, planeja IPO em 2021

O grupo com sede em Nova York manteve discussões com consultores potenciais sobre uma oferta pública inicial, declararam as fontes.

A companhia espera uma valorização de US$ 10 bilhões quando concretizar a IPO. Seus planos ainda não são conclusivos e a dimensão e o valor do negócio ainda podem mudar. A empresa foi avaliada em mais de US$ 4 bilhões, incluindo dívidas, num investimento de US$ 875 milhões feito pela Black Rock Inc. em 2019.

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Fundada e administrada por Jamie Salter, a Authentic Brands adquiriu mais de 30 marcas no decorrer dos anos, incluindo a falida loja de departamentos de luxo Barneys New York.

Salter fundou a Authentic em 2010 com US$ 250 milhões, quando começou a adquirir marcas de celebridades e de nicho, incluindo direitos a nomes como Elvis Presley e Marilyn Monroe. Quando a pandemia chegou ao país, o grupo contabilizava quase US$ 15 bilhões em receitas e era detentor de marcas como Sports Ilustrated e Nine West. Numa entrevista concedida em agosto, Salter disse naqueles dias que não buscava negócios abaixo de US$ 1 bilhão.

Durante anos Salter evitou lojas que estivessem em operação, preferindo comprar apenas direitos de propriedade intelectual de comerciantes falidos.

Isso mudou em 2016, quando ele se uniu aos dois maiores proprietários de centros comerciais nos Estados Unidos com o objetivo de adquirir a Aeropostale, varejista de moda. Com uma série de falências ocorrendo, novas transações foram realizadas, incluindo a compra no ano passado da Forever 21, que estava também em processo de recuperação judicial.

Brookfield Property Partners LP recentemente trocou sua participação na Forever 21 por títulos do Authentic Brands, que agora é proprietária da loja junto com o Simon Property Group Inc., operador de centros comerciais.

Agora a companhia também foca sua atenção em lojas mais robustas. Sua última aquisição ocorreu neste mês, ao comprar a fabricante de roupas Eddie Bauer da empresa de private equity Golden Gate Capital. A compra foi feita junto com o SPARC Group LLC, sua joint-venture com Simon.

A companhia também tem o respaldo de investidores como BlackRock, General Atlantic e Leonard Green & Partners.

Mesmo antes das perturbações decorrentes da pandemia, uma crise no varejo já estava em curso, com milhares de lojas sendo fechadas na esteira de dezenas de falências no setor de varejo. Salter disse estar empenhado em manter a presença física das lojas.

“Se tivermos uma base de lojas nos Estados Unidos isso nos ajudará a criar uma marca de múltiplas categorias e mais lojas globalmente”, afirmou no ano passado. Além disso, manter uma base de lojas facilita nossa estratégia de e-commerce”.

(Tradução de Terezinha Martino)

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