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CPI da Americanas ouve dois ex-diretores acusados de fraude nesta terça

Executivos foram afastados de suas funções em 2023

CPI da Americanas ouve dois ex-diretores acusados de fraude nesta terça
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta para investigar o caso da Americanas (AMER3) vai ouvir nesta terça-feira (8) dois ex-diretores da empresa: Márcio Cruz Meirelles e José Timótheo de Barros.

Ambos foram acusados de fraude em relatório feito por assessores jurídicos da varejista e apresentado em fato relevante publicado em junho.

Segundo a companhia, os documentos que deram origem ao relatório foram entregues pelo comitê de investigação independente e demonstraram os esforços feitos pela diretoria anterior para ocultar do Conselho de Administração e do mercado a real situação patrimonial da varejista.

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Márcio Cruz Meirelles foi presidente da B2W entre 2018 e 2021, quando ocorreu a fusão da empresa com a Americanas. A partir de 2021, assumiu o cargo de CEO de digital da companhia, mas foi afastado do cargo em fevereiro deste ano.

Já José Timotheo Barros foi vice-presidente de lojas físicas, logística e tecnologia da varejista, onde começou a trabalhar em 1996, quando atuou como trainee. Em 2023, o executivo foi afastado de suas funções em fevereiro e comunicou sua renúncia em maio.

O deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), que solicitou o depoimento dos ex-dirigentes, quer esclarecimentos sobre as inconsistências contábeis da varejista. Nesta terça, a comissão também vai ouvir o especialista em mercado financeiro, Eduardo Moreira, e o diretor-presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Caio Magri.

Na última sessão, a CPI ouviu Carla Bellangero, sócia de auditoria da KPMG, e Fábio Cajazeira Mendes, líder de auditoria da PwC. Os auditores independentes monitoraram os últimos exercícios contábeis da empresa e disseram que foram “vítimas” de fraude na gestão da Americanas.

A CPI também tentou ouvir o ex-diretor financeiro da empresa, Fábio da Silva Abrate, mas o executivo se negou a responder as perguntas dos deputados, amparado por um habeas corpus emitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que o permitiu ficar em silêncio.

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Já o ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, alegou estar fora do Brasil em tratamento médico para adiar seu depoimento à comissão.