Sob o efeito da redução de combustíveis e do alívio em preços de commodities, a projeção para a inflação de 2023 tombou no Boletim Focus desta semana, enquanto a estimativa para 2024, foco da política monetária, continuou sua trajetória de leve queda.
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A expectativa para o IPCA – índice de inflação oficial – deste ano na Focus cedeu de 6,03% para 5,80%. Um mês antes, a mediana era de 6,04%. Para 2024, a projeção mostrou redução pela terceira semana seguida, de 4,15% para 4,13%, contra 4,18% de quatro semanas atrás.
Considerando somente as 118 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 cedeu de 6,00% para 5,75%. Para 2024, por sua vez, a projeção subiu de 4,12% para 4,14%, considerando 114 atualizações no período.
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Apesar da queda forte nesta semana, a mediana na Focus para a inflação oficial em 2023 está cerca de 1 ponto porcentual acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana supera o centro da meta (3,00%), mas está dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%.
A mediana para o IPCA de 2025 seguiu em 4,00%, repetindo a taxa de quatro semanas atrás. A estimativa para o IPCA de 2026 também continuou em 4,00%, mesmo porcentual de um mês antes. A meta para 2025 é de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%). Ainda não há objetivo definido para 2026.
Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, o BC manteve suas projeções para a inflação no cenário de referência com estimativas de 5,8% em 2023 e 3,6% para 2024. Em um cenário alternativo, em que a Selic fica estável por todo o horizonte relevante, as projeções da autoridade são de 5,7% para 2023 e 2,9% para 2024.