- A Meta anunciou nesta terça-feira (14) uma nova onda de demissão de funcionários
- De acordo com Guilherme Zanin, analista da Avenue, a decisão agradou o mercado, pois demonstrou que a companhia está alinhada com os investidores em ser mais eficiente operacionalmente e entregar resultados mais robustos
A Meta anunciou nesta terça-feira (14) uma nova onda de demissão de funcionários (layoff). Dessa vez, 10 mil colaboradores devem deixar a empresa e 5 mil vagas adicionais, que ainda não geraram contratações, podem ser fechadas. A informação foi transmitida por Mark Zuckerberg, CEO da companhia, em mensagem à equipe, posteriormente divulgada à imprensa.
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Com a medida, a empresa espera achatar algumas de suas áreas, cancelando projetos de menor prioridade. As reestruturações e demissões nos grupos de tecnologia devem ocorrer no final de abril, já as que envolvem os grupos de negócios estão programadas para o final de maio.
Nesta tarde, após o anúncio, as ações da Meta subiam 5,25%, cotadas a US$ 190,47 às 16h23, na Nasdaq, a Bolsa eletrônica de Nova York. De acordo com Guilherme Zanin, analista da Avenue, a decisão agradou o mercado pois demonstrou que a companhia está alinhada com os investidores em ser mais eficiente operacionalmente e entregar resultados mais robustos.
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“Mas não podemos deixar de destacar o lado negativo: empresa encolhendo e buscando menos crescimento de margens, sendo menos inovadora. A longo prazo, essas medidas não são necessariamente positivas”, enfatiza.
Para Zanin, o setor de tecnologia enfrenta um cenário negativo que deve se estender com o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos. Projetos inovadores relacionados a metaverso e criptomoedas foram em geral abandonados para dar prioridade a produtos e serviços de curto prazo, com resultados já consolidados.
Em 2022, as ações da Meta sofreram uma desvalorização de aproximadamente 65%. De acordo com Junior Borneli, fundador da StartSe e colunista do E-Investidor, o movimento da empresa agora tenta acelerar o crescimento prejudicado no ano passado. “O recado de Zuckerberg é de que a empresa ficou pesada, por isso está cortando os níveis hierárquicos, reduzindo camadas para acelerar decisões e priorizando projetos que façam a empresa voltar ao foco de tecnologia”, diz.
Em novembro, a companhia já havia anunciado a demissão de 11 mil funcionários. Segundo levantamento da StartSe, a empresa chegou a atingir um pico de 86 mil empregados em 2022, quando tinha um valor de mercado estimado em US$ 319 bilhões. Atualmente, a big tech deve contar com 65 mil trabalhadores e um valor de mercado de US$ 497 bilhões.