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Oi (OIBR3), em recuperação judicial, anuncia mais um prejuízo bilionário

Resultado financeiro – saldo entre receitas e despesas financeiras – teve grande impacto no balanço do 3º trimestre

Oi (OIBR3), em recuperação judicial, anuncia mais um prejuízo bilionário
Fachada do prédio da Oi no bairro de Botafogo na zona sul do Rio de Janeiro. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

A Oi (OIBR3), em recuperação judicial, apresentou prejuízo líquido de R$ 2,830 bilhões no terceiro trimestre de 2023. A perda foi 12,7% menor que no mesmo intervalo de 2022, conforme balanço publicado há instantes.

O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de rotina ficou negativo em R$ 330 milhões, enquanto um ano antes foi positivo em R$ 167 milhões. A receita líquida consolidada somou R$ 2,422 bilhões, redução de 12,6% na mesma base de comparação anual.

A companhia afirmou que a piora no campo operacional se deve à aceleração da queda na receita de serviços legados – que abrangem telefonia fixa e TV paga. Outro ponto foi o aumento nos custos de aluguel de rede para suportar o crescimento da operação de fibra.

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O destaque positivo ficou com a Oi Fibra, braço de serviços de banda larga. A receita deste segmento aumentou 6%, para R$ 1,116 bilhão. No entanto, todas as demais operações da Oi perderam faturamento. A Oi Soluções, braço de conectividade e tecnologia para empresas, teve queda de 7% na receita, para R$ 693 milhões.

A receita das subsidiárias da Oi – empresas call center e operações de campo – teve retração de 40,4%, indo a R$ 115 milhões. E a receita das chamadas operações legadas – que incluem telefonia fixa – caíram 52,4%, para R$ 216 milhões.

Resultado financeiro

Outro fator que pesou no balanço da companhia foi o resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras), que gerou uma despesa de R$ 2,480 bilhões. Este montante foi 23,4% maior na comparação anual. Ocorreu por conta de aumento da dívida e maior exposição ao dólar e à variação cambial no período.

Os custos e despesas de rotina subiram 5,7%, para R$ 2,752 bilhões. O fluxo de caixa da Oi foi negativo em R$ 532 milhões, impactada principalmente pelo crescente consumo dos serviços legados. Os investimentos somaram R$ 201 milhões, queda de 68% na comparação anual.

A tele chegou ao fim do terceiro trimestre de 2023 com dívida líquida de R$ 22,7 bilhões, volume 23,9% maior na comparação anual. O dinheiro em caixa no fim de setembro era de R$ 2,493 bilhões.