Em meio à alta do petróleo e o descolamento cada vez maior dos preços internacionais dos derivados de petróleo, a Petrobras (PETR3; PETR4) informou há pouco que tem observado com atenção os desdobramentos do mercado internacional de petróleo e seu impacto sobre o mercado brasileiro.
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“A companhia reitera que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, análise de preços competitivos por polo de venda, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, levando em consideração a melhor alternativa acessível aos clientes”, disse em nota.
A estatal destaca que, conforme divulgado em 16 de maio deste ano, a estratégia comercial de diesel e gasolina permite à empresa competir de forma mais eficiente, levando em consideração a sua participação no mercado, para otimização dos seus ativos de refino, e a rentabilidade de maneira sustentável.
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“Os reajustes continuam sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio.
Destaca-se que o momento é de grande incerteza quanto à recuperação da economia global, o que influencia diretamente a demanda por energia, e quanto à oferta de petróleo e de combustíveis, de uma maneira geral”, explicou.
A Petrobras abandonou em maio a política de paridade de importação (PPI) por uma estratégia que visa recuperar o mercado da companhia, reduzido após desinvestimentos pelo governo anterior. Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o PPI, adotado em 2016, abriu espaço para concorrentes e importadores. A estatal, como petroleira integrada, consegue vantagens em relação aos custos, o que permite manter a volatilidade longe do mercado brasileiro.
A Petrobras observou ainda, que a combinação, no curtíssimo prazo, de fatores externos à companhia, levou a uma elevação dos preços de referência e da volatilidade. Ao mesmo tempo, houve um aumento do fluxo de combustíveis oriundos da Rússia para o Brasil, disse a companhia, em referência à invasão do diesel russo mais barato no País.
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“Nesse contexto, a Petrobras tem observado com atenção os desdobramentos dos fundamentos do mercado global, assim como seu impacto no Brasil. Eventuais reajustes, quando necessários, serão realizados por análises técnicas e independentes”, concluiu a nota da companhia.
No fechamento de sexta-feira, 28, a defasagem dos preços nas refinarias da Petrobras atingiram 24% no caso da gasolina e de 22% no diesel. Para se equiparar ao mercado internacional a estatal teria que reajustar os preços em R$ 0,78 e R$ 0,83, respectivamente, de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).