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Mercado

Ibovespa tem melhor perfomance mensal em mais de dois anos; veja detalhes

Série de notícias positivas embalaram o mercado no período

O que este conteúdo fez por você?
  • No período, uma série de notícias positivas embalaram o bom humor dos investidores, como a atividade econômica com sinais de resiliência e o comportamento “benigno” da inflação
  • O toque final de positividade no mês foi a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de manter as metas de inflação em 3% para 2024, 2025 e 2026

O Ibovespa encerrou junho com uma valorização de 9%, aos 118.087,00 pontos. Esta é a melhor performance mensal do índice de ações desde dezembro de 2020, ou seja, em mais de dois anos. “Podemos dizer também que é o quarto melhor mês desde o início da pandemia”, ressalta Einar Rivero, head comercial do TradeMap, responsável pelo levantamento.

No período, uma série de notícias positivas embalaram o bom humor dos investidores, como a atividade econômica com sinais de resiliência e o comportamento “benigno” da inflação. Veja também qual foi o melhor investimento do semestre e as maiores altas do último pregão do mês

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Logo no primeiro dia do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no 1º trimestre do ano. Impulsionado pelo agronegócio, o PIB apresentou alta de 1,9% entre janeiro e março, bastante acima das expectativas do mercado financeiro, de cerca de 1,2%.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, também surpreendeu positivamente, com uma leve alta de 0,04%. Já o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), a chamada “inflação do aluguel”, caiu 1,93% no sexto mês do ano. O recuo do dólar foi outra determinante de junho, com uma queda recorde de 5,6% frente ao real, aos R$ 4,78.

Fora os dados macroeconômicos positivos, o encaminhamento do arcabouço fiscal para o Senado agradou o mercado. “Apesar do arcabouço não ser da maneira como esperado inicialmente, o texto mostra um norte para o mercado, algo que possibilitou a vinda de bastante fluxo gringo para o Brasil”, afirma Apolo Duarte, head de renda variável e sócio da AVG Capital.

De acordo com dados do TradeMap, em junho a entrada de investimento estrangeiro na Bolsa totalizou R$ 7,4 bilhões. Leia aqui a análise sobre o fluxo gringo no Brasil em 2023.

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Ricardo França, analista da Ágora Investimentos, também vê o arcabouço fiscal como um dos principais gatilhos para valorização de junho. “Ajudou a reduzir a percepção de risco fiscal”, diz o especialista. “A soma de todos esses fatores, inflação, atividade e arcabouço, criou um ambiente propício para que o Banco Central possa iniciar em breve os cortes nos juros - o que destravou valor na Bolsa.”

A última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) foi realizada em 21 de junho e terminou com a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano. Entretanto, na ata divulgada na última terça-feira (27), a instituição sinalizou possibilidades de cortes na próxima reunião.

“O Banco Central conseguiu deixar claro que as portas para os cortes nos juros estão abertas”, afirma Marcelo Boragini, sócio da Davos Investimentos. “A ata praticamente consolidou uma expectativa de corte de juros em agosto”, completa Gustavo Cruz, Estrategista Chefe da RB Investimentos.

O toque final de positividade no mês foi a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de manter as metas de inflação em 3% para 2024, 2025 e 2026. Essa notícia trouxe alívio para o mercado - o temor era de que mudanças fossem feitas nos parâmetros utilizados pelo BC para definir a política monetária.

No exterior, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) interrompeu a alta de juros e manteve a taxa referencial entre 5% a 5,25% ao ano, informação também lida como positiva. “Foi uma pausa, deve voltar a subir juros. A inflação nos EUA está desacelerando e de forma impressionante. A economia americana continua resiliente”, afirma França, da Ágora.

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França ressalta que boa parte do movimento de ajuste em função dos dados positivos já ocorreu. Nos próximos meses, a Bolsa precisará de novos gatilhos para continuar em alta. Um tema sensível que pode mexer com o mercado é o encaminhamento da reforma tributária.

Cruz, da RB Investimentos, vê que um grande tema do mês de julho será a decisão de juros nos EUA. “A dúvida é se o Fed vai continuar pausado ou vai subir de novo as taxas”, afirma. “E mais para o final de julho, os olhos se voltam para a nova temporada de balanços do 2º trimestre.”

Maiores altas

No mês, as três maiores altas do Ibovespa foram registradas pelas ações da Gol (GOLL4), Yduqs (YDUQ3) e Azul (AZUL4). Entenda o que impulsionou os papéis no período:

  • Gol (GOLL4): 58,29%, R$ 13,17

A forte queda do dólar em junho beneficiou as ações de companhias aéreas, que têm custos na moeda estrangeira. Segundo a Ágora Investimentos, o anúncio da redução de 12,6% no querosene de aviação pela Petrobras deram ainda mais fôlego para os ativos do setor.

No ano, as ações GOLL4 está em alta de 79,43%.

  • Yduqs (YDUQ3): 40,87%, R$ 19,82

As ações da companhia de educação Yduqs também surfaram o bom humor dos investidores. O setor sofreu bastante na pandemia e agora passa por uma correção para cima, com os investidores aproveitando os prêmios nos papéis. "Além disso, no começo do mês a companhia anunciou um aumento de posição por parte de investidor estratégico, o que pode ter contribuído para uma maior visibilidade dos ativos", afirma a Ágora.

No ano, as ações YDUQ3 estão em alta de 94,89%.

  • Azul (AZUL4): 29,73%, R$ 21,86

Na mesma toada que os papéis da Gol, as ações da Azul se beneficiaram do cenário de dólar em queda e perspectivas de menores custos com combustíveis.

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No ano, as ações AZUL4 estão em alta de 98,55%.

Maiores baixas

Já na ponta negativa do Ibov, ficaram os papéis da Meliuz (CASH3), Magazine Luiza (MGLU3) e Alpargatas (ALPA4)/ Via (VIIA3). Saiba o que direcionou os ativos no período:

  • Méliuz (CASH3): -12,25%, R$ 7,81

As companhias mais sensíveis aos ciclos de juros passaram por uma intensa correção em junho, após subirem bastante em maio. Foi o caso não só da Méliuz, que subiu 3,5% no mês passado, mas principalmente de players como Magazine Luiza e Alpargatas.

No ano, os papéis CASH3 caem 33,81%.

  • Magazine Luiza (MGLU3): -11,32%, R$ 3,37

As ações da Magazine Luiza subiram 14,11% em maio e devolvem parte dessa valorização. No ano, a MGLU3 está em alta de 22,9%.

  • Alpargatas (ALPA4): -10,92%, R$ 9,30

Somente em maio, as ações da Alpargatas valorizaram 41,27%. Agora, também devolvem parte desse salto. No ano, as ações estão em baixa de 38,33%.

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