- O aumento da inflação estampado no noticiário e do cotidiano dos brasileiros é refletido em diversos segmentos. Dentre eles, na indústria automotiva
- Quem deseja trocar ou adquirir um carro e começar 2022 com um veículo novo ou seminovo, planejamento, construção de uma reserva e pesquisa são os principais aliados no momento
- De acordo com relatório da B3, no acumulado do ano de 2021 até outubro, as vendas de veículos financiados somaram 4,9 milhões de unidades, entre novas e usadas
Financiamento ou consórcio: qual o melhor para comprar um carro? Com o aumento da inflação, vários setores da indústria estão sofrendo impacto, inclusive o segmento automotivo. Assim, o preço dos automóveis está mais alto.
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Além disso, também é possível perceber o aumento no valor dos produtos utilizados na matéria-prima, às vezes superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Diante deste cenário, os brasileiros buscam por alternativas para conseguir comprar veículos. Entre essas, os financiamentos e consórcios.
Financiamento ou consórcio: escolhendo o tipo de crédito para compra de veículos
Diante dos altos valores, nem sempre é possível adquirir um automóvel pagando à vista, sendo necessário recorrer a formas de crédito, como o financiamento ou consórcio.
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Para quem está nessa situação e deseja trocar ou adquirir um carro e começar 2023 com um veículo novo ou seminovo é comum se perguntar: como descobrir a melhor opção entre o financiamento ou consórcio?
Nesse caso, os principais aliados para tomar uma decisão são:
- Planejamento;
- Construção de uma reserva;
- Pesquisa.
Financiamento ou consórcio: a busca pelo crédito
Se por um lado pode-se fechar o contrato de financiamento com a chave do carro na mão, por outro, é possível preparação e planejamento para otimizar as despesas com o pagamento de uma taxa fixa para a administradora do consórcio, que deve ser registrada pelo Banco Central.
No final de 2021, o Sistema Nacional de Gravames (SNG), revelou que o saldo da carteira de crédito para aquisição de veículos chegou ao total de R$ 321 bilhões. O valor foi maior que todo o ano de 2020, quando marcou R$ 285 bilhões.
De acordo com relatório da B3, no acumulado do ano de 2021 até outubro, as vendas de veículos financiados somaram 4,9 milhões de unidades, entre novas e usadas. Esse número representa um crescimento de 12,8% em relação ao ano de 2020, quando registrou 559 mil.
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Observando os indicadores de consórcios, de janeiro a setembro de 2021, houve mais de um milhão de contemplações, somando um total de R$ 47,3 bilhões, um aumento de 22,5% em relação ao mesmo período de 2020, de acordo com dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).
Além do crescimento das contemplações, outro dado da mesma organização mostra a participação na capitalização. Ao todo, 32,8% das participações nas comercializações do mercado nacional são provenientes de consórcios, o equivalente a R$ 1,3 milhão.
Financiamento ou consórcio: qual a diferença na compra de veículos?
“A principal diferença entre o financiamento e o consórcio acontece na hora de quitar. Os consórcios oferecem taxas lineares e menores, possibilitando crédito para quem tem mais dificuldade e, mesmo assim, deseja adquirir o automóvel ou montar uma reserva”, aponta Luís Toscano, vice-presidente de negócios da Embracon .
1. Aprovação de crédito
Com mensalidades nas faixas de R$ 300 a R$ 1 mil, quem optar pelo consórcio não precisa dispor de valores de entrada, como é feito no financiamento, caso o crédito seja aprovado.
“Para quem quer e pode comprar o carro à vista ou financiado para sair com a chave na mão, é o mais adequado. Entretanto, o consórcio é uma alternativa para quem tem dificuldade de aprovação de crédito e ajuda a contribuir com a educação financeira“, explica Eduardo Rocha, CEO da fintech Klubi.
2. Prazo
Segundo dados de empresas do setor, os grupos de consócios possuem prazo médio de 80 meses. Sendo que, no geral, no meio do período, todos os integrantes do grupo adquirem o automóvel, seja por sorteio ou por lance extra ofertado.
Bruno Martins, gerente de inovação da Multimarcas, ressalta que a perspectiva para o ano que vem é de que o número de capitalizações e de unidades continuem crescendo. “Existe uma mudança no perfil de compra do cliente que vem tendendo a comprar o consórcio por conta do reflexo do aumento da taxa Selic.
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O modelo de consórcio vai continuar porque o cliente percebe cada vez mais que é importante se planejar e ter um orçamento mais enxuto para alcançar as metas”, aponta.
3. Cálculo das taxas
Enquanto as operadoras de consórcio cobram taxas de administração, os financiamentos são atrelados à tabela de juros disponibilizada pelo Banco Central. Segundo dados do BC, as taxas ao ano vão de 14,14% a 49,66%, do Banco da Amazônia e do SF3 Crédito Financiamento e Investimento, respectivamente.
O CEO da Klubi, aponta que a média da taxa para planos de 80 meses em consórcios vai ser de 16% a 26% no total, sendo aproximadamente de 0,2% a 0,32% ao mês.
Toscano, da Embracon, indica que no consórcio, a taxa é de 23% no período ou 0,23% mensal linear, diferente do financiamento que tem o regime de juros compostos.
Financiamento ou consórcio: qual é mais vantajoso para comprar um carro?
Antes de tomar uma decisão entre fazer um financiamento ou consórcio, é importante conhecer as características de cada modalidade de crédito.
Nesse sentido, segundo Rocha, o consórcio traz três principais vantagens:
- Inclusão;
- Acessibilidade financeira;
- Flexibilidade.
Com o aumento das taxas de crédito no financiamento e da inflação afetando o preço dos carros, o consórcio é uma saída para a economia do bolso, desde que a pessoa não tenha a pressa da compra.
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