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Petrobras reverte lucro e tem prejuízo de R$ 48 bilhões no 1º trimestre

Resultado é histórico e maior do que prejuízo do Petrolão

Petrobras reverte lucro e tem prejuízo de R$ 48 bilhões no 1º trimestre
Edifício-sede da Petrobrás no Rio de Janeiro Foto: Sergio Moraes/Reuters
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  • Prejuízo ocorre no mesmo período em que obteve lucro líquido de R$ 4 bilhões no ano passado
  • No quarto trimestre de 2019, a companhia teve lucro líquido de R$ 8 bilhões
  • Já a receita líquida teve alta de 6,5%, somando R$ 75,5 bilhões entre janeiro e março de 2020

(Estadão Conteúdo) – A Petrobras reportou prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 48,523 bilhões no primeiro trimestre de 2020 ante lucro líquido de R$ 4,031 bilhões no mesmo período do ano passado. No quarto trimestre, a companhia obteve lucro líquido de R$ 8,153 bilhões.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da petroleira foi de R$ 37,504 bilhões, frente os R$ 27,4 bilhões no mesmo período do ano passado, o que significa portanto alta de 36,4%. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, o Ebitda representa alta de 2,7%.

A receita líquida somou R$ 75,469 bilhões entre janeiro e março de 2020, o que representa alta de 6,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre, a receita líquida apresentou queda de 7,7%.

Fundo de ações da Petrobras de alto risco

O mercado futuro de petróleo entrou em parafuso em abril quando o preço do WTI para maio fechou em território negativo. Mas após semanas de volatilidade, as cotações do WTI e do Brent exibiram reações, embora esse mercado caminhe sem muita referência diante da crise causada pela pandemia de coronavírus ao redor do mundo.

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Para profissionais do mercado financeiro consultados pelo Broadcast, os preços do barril de petróleo vão permanecer muito baixos no horizonte de curto prazo, o que impactará os resultados das petrolíferas, e por consequência indireta, nos fundos com recursos do FGTS e mono ações da Petrobrás.

“O preço negativo do WTI (que chegou em -US$ 37 por barril) foi um fenômeno restrito ao mercado futuro, uma marca sem precedentes na história em função da falta de espaço para armazenamento dos estoques. Mas o mercado voltou reagindo em maio. Nossa expectativa para o final desse ano é de US$ 30 para o WTI, e US$ 35 para o Brent”, diz José Francisco Cataldo Ferreira, estrategista de análise de Ágora Investimentos.

Ele lembra que o petróleo tipo Brent serve mais como referência para o mercado brasileiro. “O Brent tem maior capacidade de armazenamento na Europa. O Brasil exporta muito pouco para o EUA e mais para outros países”, afirma Cataldo. O preço-alvo da Ágora para o papel foi revisado no início de maio: recomendação de compra com objetivo de R$ 29,00 para PETR4.

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