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“Estamos conversando com fintechs e empresas de consumo e de saúde”, disse à Reuters o chefe de mercado internacionais da NYSE, o brasileiro Alex Ibrahim. “Estamos em busca das empresas que estão mudando o mundo.”
As declarações ocorrem no momento em que o mercado acionário dos Estados Unidos tem dado sinais de vigor prolongado, na esteira de juros do país perto do zero, enquanto no Brasil a combinação de escalada da Selic e instabilidade política levaram cerca de 70 empresas a abortarem seus planos de estreia na B3.
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Em 2021 até agora, o índice S&P 500 acumula alta de cerca de 25%. No mesmo período, o Ibovespa teve queda superior a 13%.
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Neste cenário, empresas latino-americanas de rápido crescimento e que já visualizavam um horizonte de listagem em bolsa desde que surgiram têm visto em mercados mais robustos, como os de Nova York, a chance de alcançarem um espectro maior de investidores.
É um sonho para um grupo relativamente limitado de empresas, dado que a NYSE só aceita listar empresas com valor de mercado mínimo de 200 milhões de dólares e oferta mínima de 40 milhões, além de “uma governança mais bem arrumada”, disse o executivo.
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Mas para a NYSE, isso tem sido uma oportunidade de acelerar contatos com mais empresas estrangeiras, cuja multiplicação de ofertas de ações a levaram neste ano a um recorde de US$ 120 bilhões em ofertas públicas, incluindo os cerca de US$ 2,6 bilhões captados pelo Nubank.
Antes do banco digital, a plataforma brasileira de comércio eletrônico VTEX estreou lá com oferta de US$ 360 milhões. Em novembro foi a vez da empresa de tecnologia CI&T, de Campinas (SP), levantar 195 milhões em seu IPO naquele mercado.
E o foco nos chamados unicórnios – jargão do mercado para designar startups com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão — tem ajudado a NYSE a enfrentar sua principal rival Nasdaq, outrora dominante na listagem de empresas de tecnologia.
Segundo Ibrahim, cerca de 72% das listagens de companhias com esse perfil em bolsas dos Estados Unidos nos últimos 5 anos aconteceram na NYSE, incluindo o da PagSeguro.
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O executivo não revela nomes de empresas brasileiras que estão em negociação para possível listagem na NYSE. Mas já são correntes no mercado planos de companhias como Hotmart, Creditas e a bandeira de cartões Elo.
O movimento acontece no momento em que uma arrastada disputa comercial entre Estados Unidos e China levou a gigante de transporte por aplicativos Didi Chuxing a desistir de ter ações negociadas em Wall Street, decisão que pode ser seguida por várias outras companhias do país asiático.
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