- A correlação de retorno do bitcoin e dos mercados de ações da Índia, por exemplo, aumentou 10 vezes na pandemia
- A crescente aceitação da plataforma de investimentos com atuação em moedas digitais e maior presença de investidores institucionais neste mercado são as principais causas para a maior ligação entre os dois ativos
- Por outro lado, a situação exige dos governos estruturas regulatórias para proteger a economia dos riscos ligados às criptomoedas
A pandemia da covid-19 impulsionou a correlação das criptomoedas com os mercados acionários da Ásia. Segundo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), antes da proliferação a nível mundial do coronavírus, as moedas digitais operavam de forma isolada do sistema financeiro asiático. Já no últimos dois anos, a correlação entre as duas classes de ativos aumentou de forma significativa.
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“As correlações de retorno do Bitcoin e dos mercados de ações indianos aumentaram 10 vezes durante a pandemia, sugerindo benefícios limitados de diversificação de risco das criptomoedas”, afirma o FMI. Já as correlações de volatilidade, segundo o órgão, aumentaram 3 vezes nos últimos dois anos. Veja nesta reportagem que o volume de negociação de criptomoedas aumento na Ásia.
As principais razões apontadas pelo FMI para a maior correlação dos mercados de criptomoedas e de ações da Ásia são a crescente aceitação de plataformas de investimentos relacionado a moedas digitais e maior participação de investidores institucionais no mercado de criptoativos. Por outro lado, a situação torna o sistema financeiro asiática mais suscetível aos riscos do mercado de criptoativos, o que exige dos governos a criação de estruturas regulatórias para proteger os investidores e economia dos países.
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“Eles (os governos) aumentaram seu foco na regulamentação de criptomoedas, e estruturas regulatórias estão em andamento em vários países, incluindo Índia, Vietnã e Tailândia”, informou o órgão. Na avaliação do FMI, essas estruturas regulatórias devem ser adaptadas aos principais usos dos ativos de cada país além de estabelecer regras para as instituições financeiras que atuam como essa classe de ativos e orientar os investidores a cerca do risco.