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Criptomoedas

Criptos superam ações e ouro com melhor sequência de bitcoin em quase um ano

Mercados globais estão otimistas com possibilidade de bancos centrais darem fim aos aumentos de taxas de juros

Criptos superam ações e ouro com melhor sequência de bitcoin em quase um ano
índice MVIS CryptoCompare Digital Assets 100 subiu 7% neste mês, ultrapassando os aumentos de cerca de 2% das ações globais, 1% de títulos e 3% do ouro. Foto: Pixabay
  • O índice MVIS CryptoCompare Digital Assets 100 com os principais tokens subiu 7% neste mês.
  • Alguns dos maiores ganhos das criptomoedas ocorreram fora do maior token, o Bitcoin. O Ether, a segunda criptomoeda mais bem avaliada, subiu 11% até agora neste mês, depois de cair 67% em 2022.
  • O Solana, um token que perdeu quase todo seu valor no ano passado, valorizou-se mais de 60% nos primeiros dias de janeiro.

O setor das criptomoedas, que passou por diversas crises recentes, está mostrando alguns sinais de recuperação no início de 2023, registrando ganhos maiores do que outras classes de ativos, como ações, títulos e ouro.

O índice MVIS CryptoCompare Digital Assets 100 com os principais tokens subiu 7% até no acumulado de janeiro, ultrapassando os aumentos de cerca de 2% das ações globais, 1% de títulos e 3% do ouro, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Os mercados globais estão se animando com a possibilidade de os bancos centrais estarem mais próximos de dar um fim aos aumentos das taxas de juros, conforme a inflação é controlada. Parte desse alívio provisório afetou as criptomoedas, mesmo com a ameaça de novas falências pairando sobre o setor depois da quebra da FTX.

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“Há um batimento cardíaco fraco – o paciente não está morto”, disse Tony Sycamore, analista de mercado da IG Australia, referindo-se aos seis dias consecutivos de altas no preço do bitcoin, a melhor sequência desde fevereiro de 2022. A criptomoeda com maior valor de mercado caiu 64% no ano passado.

“O ímpeto para o sell-off parece ter passado e há um ambiente macro melhor”, mas o token precisa subir nos principais níveis técnicos, como a média móvel de 200 dias, para despertar maior interesse dos investidores, acrescentou Sycamore.

Alguns dos maiores ganhos das criptomoedas ocorreram fora do maior token, o Bitcoin. O Ether, a segunda criptomoeda mais bem avaliada, subiu 11% até agora neste mês, depois de cair 67% em 2022. O Solana, um token que perdeu quase todo seu valor no ano passado por causa da ligação com o fundador e ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, valorizou-se mais de 60% nos primeiros dias de janeiro.

Uma atualização do blockchain Ethereum, a principal via comercial das criptomoedas, também está provocando otimismo. A atualização, chamada Xangai, talvez seja disponibilizada em março. Ela permitirá aos investidores sacar o Ether que guardaram para ajudar a operar a rede. O último processo é conhecido como staking e gera recompensas.

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Alguns protocolos de criptomoedas querem oferecer acesso mais fácil e flexível às recompensas de staking, e as moedas vinculadas a eles dispararam. Exemplos desses chamados tokens de staking líquido incluem o StakeWise’s SWISE, Lido DAO e Rocket Pool’s RPL, que subiram 113%, 107% e 21%, respectivamente, em janeiro, de acordo com dados da CoinGecko.

O bitcoin chegou a subir 2% na segunda-feira e estava sendo negociado a US$ 17.233 às 10h23 em Nova York, uma máxima em três semanas. Os tokens da Solana subiram cerca de 20% e da Cardano 12%.

A Coinbase Global e a Riot Platforms lideraram a exposição de ações às criptomoedas em meio à recuperação dos ativos digitais. As ações da Coinbase subiram 13% na segunda-feira (9). Elas caíram 86% em 2022. As da Riot, que retirou o termo “blockchain” de seu nome na semana passada, subiram 13%. No ano passado, elas despencaram 85%.

O bitcoin e o indicador dos 100 principais ativos digitais caíram mais de 60% em 2022, prejudicados pelo forte aperto da política monetária e por uma série de escândalos que culminaram nas revelações sobre a FTX, que deve bilhões de dólares aos clientes.

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Os volumes de negociação caíram e a volatilidade diminuiu conforme os investidores sumiam, evidenciando as preocupações persistentes quanto ao risco de novas falências pelo contágio com a suposta fraude na FTX.

*Sunil Jagtiani, da Bloomberg, contribuiu com esta matéria.

Tradução: Romina Cácia

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