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Gestores de fundos com bilhões em debêntures da Light divulgam carta aberta; veja os principais pontos

Grupo promete seguir defendendo os direitos de 3 milhões de cotistas

Gestores de fundos com bilhões em debêntures da Light divulgam carta aberta; veja os principais pontos
Light: empresa tem dívida bilionária. Foto: Light/Divulgação

Um grupo formado por 26 gestoras entre as quais a JGP, AZQuest e ARX, lançaram uma carta aberta nesta quarta-feira (17), para comunicar que seguirão defendendo o direito dos 3 milhões de cotistas que adquiriram debêntures da Light Sesa e da Light Energia, os quais têm R$ 5 bilhões desses papéis. O grupo promete ainda seguir defendendo a lei e a “abordagem construtiva de uma solução junto a todas as partes interessadas”, sem prejuízo das obrigações financeiras da empresa com seus credores.

Nesta terça-feira, 16, o comitê, representado pelo escritório FCDG, ingressou na Justiça do Rio de Janeiro com agravo para pedir a suspensão do pedido de recuperação judicial da empresa, feito na sexta-feira, 12.

Já organizados no formato de comitê de credores, eles reclamam da falta de diálogo e de apresentação de
proposta por parte da empresa durante o período que antecedeu o pedido de recuperação judicial da Light.

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“Acompanhamos com preocupação o cenário que se forma a partir da ação dos atuais administradores do Grupo Light, cujo último desdobramento foi o pedido de Recuperação Judicial”, dizem na carta aberta. O comitê alega que vinha tentando obter informações com a atual administração da Light sobre as condições da companhia desde o final de janeiro, quando souberam – pela imprensa – que a companhia contratou a Laplace. A primeira reunião ocorreu somente em 3 de abril, de acordo com a carta. “Na ocasião, a atual administração da Light expôs os seus resultados, e disse que não tinha nenhuma proposta para apresentar aos seus credores”, continua a carta.

Esse encontro ocorreu oito dias antes de a Light ingressar com pedido de medida cautelar, em 11 de abril, para suspender por 30 dias a necessidade de pagamento de certas obrigações financeiras, além de solicitar tempo para negociar com os credores. Após 30 dias, a Light pediu recuperação judicial. “Os brasileiros que emprestaram os seus recursos à Light acreditavam que estavam fazendo um investimento em uma companhia idônea”, diz o comitê.

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