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Por que celebridades como Paris Hilton e Ashton Kutcher estão metidas com ‘criptoarte’

Mercado de arte em blockchain vira nova 'onda' em tempos de pandemia

Por que celebridades como Paris Hilton e Ashton Kutcher estão metidas com ‘criptoarte’
(Foto: Reprodução / Instagram)
  • Neste nicho, é possível comprar e vender tanto obras de artistas como “simples” desenhos de famosos que são leiloados por pequenas fortunas, em geral para causas filantrópicas
  • A herdeira da rede de hotéis Hilton, por exemplo, leiloou uma pintura digital de seu gato, por 40 Ether (ETH), uma das moedas digitais mais negociadas do mundo. O montante equivale a quase US$ 17 mil
  • O mercado de arte digital mostra como os ativos digitais estão se transformando e tendem a se popularizar ainda mais

As moedas digitais vêm se expandindo no mundo e uma das novidades que têm caído no gosto de celebridades, como Paris Hilton e Ashton Kutcher, é o recente mercado de arte em blockchain, popularizado por plataformas como o Cryptograph. Neste nicho, é possível comprar e vender tanto obras de artistas como “simples” desenhos de famosos que são leiloados por pequenas fortunas, em geral para causas filantrópicas.

A herdeira da rede de hotéis Hilton, por exemplo, leiloou uma pintura digital de seu gato, por 40 Ether (ETH), uma das moedas digitais mais negociadas do mundo. O montante equivale a quase US$ 17 mil.

“Hoje estou leiloando meu cryptograph de Munchkin [o gato] para beneficiar três instituições de caridade incríveis”, escreveu a Paris no Twitter.

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De acordo com a publicação, o valor do arrecado no leilão será destinado para as instituições Los Angeles Regional Food Bank, Meals on Wheels e Backpack Bed for Homeless.

Os desenhos virtuais de gatos, aliás, são chamados de cryptokitties, que consistem em tokens não fungíveis (NFT), e costumam ser negociados a preços elevados, dada a exclusividade da obra.

Já a cópia digital de um desenho de pequenos olhos e uma estrela, feito pelo ator Ashton Kutcher em uma folha de papel e intitulada “O olho do espectador” (em tradução livre), foi posta em leilão com um lance atual de 13.260 ETH – ou US$ 5,5 mil.

“A ilustração de Ashton Kutcher é uma ponte entre a arte física e a arte digital. Sua ilustração foi originalmente desenhada em papel e agora está imortalizada no mundo digital”, diz uma publicação no Instagram da Cryptograph.

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O leilão da peça de Kutcher deverá beneficiar as organizações Global Wildlife Conservation, de causa animal, e Oxygen Seven Reforestation, iniciativa global de reflorestamento.

Mas o que esperar desse mercado de arte em cripto?

O mercado de arte digital mostra como os ativos digitais estão se transformando e tendem a se popularizar ainda mais. Do bitcoin, por exemplo, espera-se que atinja a faixa dos R$ 70 mil, superando a máxima histórica no Brasil. Para 2021, há projeções bastante otimistas, com rompimento da marca dos R$ 100 mil.

Nomes famosos, como o skatista Tony Hawk e o lutador Mike Tyson também já se aventuraram no universo das criptomoedas.

Já no recente mercado de artes negociados em criptomoeda do Cryptograph, além de Paris Hilton e Ashton Kutcher, outras celebridades já tiveram seus desenhos exclusivos leiloados para fins de caridade, como o ator Skeet Ulrich, da série Riverdale, e David Arquette, da franquia de filmes Pânico. E a lista prossegue com Seth Green, Erika Christensen e Ryan Phillippe.

Além de leilões beneficentes, este mercado abre espaço para uma nova forma de venda de obras de artes. O cenário pode estimular artistas a venderem suas peças, ainda mais em um mundo onde a maneira de consumir cultura foi completamente afetada pela pandemia. Um exemplo disso são exposições de arte e desfiles de moda realizados em aparatos digitais durante o confinamento social em 2020.

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A bem capitalizada Nifty Gateway, dos gêmeos criptoempreendedores Tyler e Cameron Winklevoss, além dos famosos desenhos de gatos (cryptokitties), já abriga exposições de NFTs inspirados nos anos noventa. As peças, porém, são negociadas em dólares neste caso.

Já a galeria de arte DADA opera em ETH. A empresa diz querer quebrar barreiras de idioma, distância e nacionalidade na comercialização de arte digital rara em blockchain. A coleção da DADA supera 121 mil desenhos, de 187 colecionadores, e tem valor de mercado de 19,96 ETH ou US$ 8,3 mil.

Outros nomes também figuram neste mercado de arte digital, como RARE, Snark e ARTBLX.

Por mais que os modelos de negócio dessas empresas possam se diferenciar, eles têm o blockchain como um elo. E isso indica que o movimento não é isolado. Para quem se identifica com criptoativos, é um mercado que merece ser visto com atenção.

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