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- Forbes divulga ranking dos brasileiros bilionários: há 33 novos nomes na lista de 238 pessoas
- Destes, 13 acionistas da WEG. Agora, a empresa representa a iniciativa privada com mais nomes na lista de bilionários da Forbes
- Segundo especialistas, a valorização dos ativos aconteceu devido a excelente gestão da empresa e sua atuação diversificada no mercado
A pandemia da covid-19 afetou a renda de milhares de brasileiros, mas não impediu que o número de bilionários brasileiros saltasse 16% em 2020, segundo levantamento da Forbes. De acordo com o ranking da revista norte-americana, há 238 multimilionários no País com fortunas originadas a partir de empreendimentos nos setores de bens de consumo, seguros, infraestrutura e logística, aviação, educação e tecnologia, entre outros.
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Curiosamente, 10 dos 33 novos integrantes são acionistas da WEG (WEGE3). Herdeiros de participações acionárias deixadas pelos fundadores da companhia, Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus, os novos nomes se juntam aos outros três que já faziam parte do ranking da edição anterior.
Agora, com 13 brasileiros bilionários ligados com a multinacional brasileira, a empresa representa iniciativa privada com o maior número de representantes na lista da Forbes. Somando as fortunas, o valor chega a R$ 87,64 bilhões.
Por quê a WEG deixou tanta gente rica?
Queridinha da Bolsa de valores do Brasil, a multinacional tem surpreendido os investidores com resultados expressivos ao longo dos anos. De agosto de 2019 a agosto de 2020, período usado pela Forbes para montar o ranking, os papéis da companhia valorizaram quase 200%.
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Só neste ano, a WEGE3 sobe 86,61%, cotada a R$ 64,25, e é a segunda ação com a maior alta do Ibovespa até o fechamento do mercado desta sexta-feira (25). “A empresa apresenta resultados surpreendentes, pois sua carteira de produtos de ciclo longo compensam os impactos da covid-19 nos produtos de ciclo curto”, diz José Francisco Cataldo, head de research da Ágora Investimentos.
No 2T20, a empresa reportou lucro líquido de R$ 514 milhões – alta de 32% em relação ao mesmo período do ano passado – e receita 23% maior, de R$ 4,063 bilhões. Não é a toa que os grandes acionistas da WEG foram beneficiados pelo movimento de alta nos papéis e passaram a integrar a lista.
Segundo os especialistas, o motivo para o bom desempenho das ações é a excelente gestão da empresa e sua atuação diversificada, presente em segmentos como geração e distribuição de energia, equipamentos eletroeletrônicos industriais, motores comerciais e tintas e vernizes.
“A WEG vende, por exemplo, desde motores para portões até motores indústrias. É uma empresa muito grande, sólida e que sempre teve a gestão elogiada. Por isso, mesmo com a crise, performa muito bem”, afirma Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos
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Além disso, a alta do dólar no ano, 38,25%, também ajudou a impulsionar as ações. “A WEG tem uma grande parte da receita atrelada ao dólar e foi beneficiada assim como todas as outras exportadoras”, diz Cataldo.
Ações vão continuar se valorizando?
O investidor que busca faturar com a alta das ações, assim como os novos bilionários, precisa ficar atento. A forte valorização do papel pode ter ficado para trás. “A alta da ação é justificável, mas ela realmente está extremamente valorizada”, afirma Bertotti.
Isso não significa que o papel deve cair daqui para frente, mas que a grande oportunidade já passou e o investidor deve estar ciente disso. “É uma empresa muito sólida e que continua gerando lucro”, diz o economista da Messem.
Na Ágora, a recomendação para a WEGE3 é neutra, com preço alvo de R$ 56, mas deve ser revisada nos próximos dias. “Uma empresa como a WEG não dá para recomendar venda mesmo com os papéis já precificados”, afirma Cataldo, head da corretora.
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