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Citi espera volatilidade para ações europeias em 2024; entenda o porquê

Ainda, executiva do banco diz ter preferência sobre as ações da Europa continental ante as ações do Reino Unido

Citi espera volatilidade para ações europeias em 2024; entenda o porquê
Bandeiras da União Europeia. Foto: Envato Elements

O Citi avalia que 2024 será um ano de volatilidade para as ações da Europa, uma vez que dois eventos que movimentam os mercados estarão em curso: eleições e início de cortes na taxa de juros. “É um grande ano em termos de volatilidade. Anos de eleições costumam ser ‘ok’ para equities, mas vêm com volatilidade. E anos de cortes de juros também são voláteis. Então são dois eventos, é algo a se ter em mente”, afirmou Beata Manthey, chefe da estratégia em ações europeias no Citi, durante painel da conferência anual Year Ahead 2024, na manhã desta quinta-feira (11).

Alguns países europeus terão eleições parlamentares e presidenciais no decorrer do ano, mas o destaque ficará com as eleições para o parlamento europeu, em junho, e do Reino Unido, ainda sem data. Do outro lado do Atlântico, as eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro, também devem ficar no radar.

Há também a expectativa pelo início de cortes de juros nas economias desenvolvidas, ainda sob a dúvida se quem tomará a dianteira será o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ou o Banco Central Europeu. Para Jamie Searle, chefe da estratégia em taxas europeias no Citi, é mais provável que o BCE anuncie cortes antes do Fed. “Por volta de junho nos parece sensato. Mas eles não vão se apressar [com o ciclo]”, afirma Searle, acrescentando que a divulgação de dados deve influenciar na decisão dos dirigentes.

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Já o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) deve deixar o início de cortes de juros para 2025, sendo um “bom candidato para um cenário de hard landing (pouso forçado)”, na avaliação de Searle. “O próximo discurso sobre o orçamento será no dia 6 de março e a expectativa é que o governo embarque em um ‘espremedor fiscal’ pré-eleitoral. O BoE já está soando ‘duro’, então possivelmente eles vão adiar um pouco o ciclo de afrouxamento. Esperamos sim que iniciem os cortes de juros neste ano, mas os primeiros vão se mostrar ineficientes”, afirma o especialista.

Assim, a chefe da estratégia em ações europeias no Citi afirma ter preferência sobre as ações da Europa continental ante as ações do Reino Unido. O banco está overweight nos setores de tecnologia e bens de luxo, mas em caso de maior volatilidade o setor defensivo de preferência é o de assistência médica. No geral, Manthey afirma que as ações europeias costumam subir cerca de 12 meses após o primeiro corte de juros, então uma valorização em todos os setores é esperada.

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