A XP Investimentos (XP) apresentou um lucro líquido de R$ 1,04 bilhão no quarto trimestre de 2023, alta de 33% na comparação com o mesmo período de 2022. O número ficou 7% abaixo da projeção do BTG Pactual, que estimava um lucro de R$ 1,12 bilhão. Para os analistas, o resultado frustrou as expectativas por causa dos custos da operação da empresa, que encerraram o trimestre em R$ 1,29 bilhão, 8,5% acima do R$ 1,19 bilhão esperado pelo banco.
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“Os Custo dos Produtos Vendidos (CPV) ficou 3% acima do esperado, cCom um crescimento de 4,5% na comparação entre o quarto trimestre de 2023 e o terceiro trimestre de 2023, além de uma disparada de 16% na comparação entre o quarto trimestre de 2023 com o quarto trimestre de 2022”, afirmam Eduardo Rosman e sua equipe, que assina o relatório.
Mesmo que os custos tenham pressionado levemente o resultado, os analistas destacam que o crescimento da receita líquida de 27% na comparação do quarto trimestre de 2023 com o mesmo período de 2022 foi muito positivo.
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“A empresa entregou uma receita líquida de R$ 4,05 bilhões no quarto trimestre de 2023, impulsionada por mais um trimestre de forte atividade do setor que emite títulos de dívidas no mercado de capitais para as empresas”, explicam os analistas.
BTG recomenda compra para a XP
Ainda que o resultado não tenha agradado os analistas, o BTG Pactual manteve sua recomendação de compra para a XP, com preço-alvo em US$ 30 para a ação cotada em Nova York. O número representa uma alta de 21,9% na comparação com o fechamento de terça-feira (27), quando a ação encerrou o pregão americano em US$ 24,61. Eles dizem acreditar que o papel “está atraente”, apesar do ano passado não ter sido nada inspirador em termos de resultados para a XP.
Ainda assim, os analistas do BTG comentam que a XP reconheceu erros, melhorou a alocação de capital com menos fusões e aquisições, fez menos investimentos e mais recompras de ações com um maior pagamento de dividendos. “Com isso, a XP tornou-se mais humilde e mais madura no enfrentamento de suas fraquezas”, explicam Rosman e sua equipe.
Por fim, os analistas lembram que a ação caiu 30% em 2023, o que aumentou as expectativas de alta para papel puxada pela retomada dos investimentos na Bolsa brasileira, que tendem a subir com a esperada queda dos juros. Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano e o mercado espera que a taxa deve encerrar 2024 em 9% ao ano.
“Continuamos a acreditar em uma situação de recuperação virá por uma melhora no mercado de ações, o que potencialmente aumentará as previsões de lucros e os múltiplos de avaliação, o que, em última análise, impulsionará nossa classificação de compra”, concluem os analistas do BTG.
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