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JBS (JBSS3), BRF (BRFS3) ou Marfrig (MRFG3)? Só uma vale a compra, diz Itaú BBA; veja qual

Sólido crescimento no mercado de frangos nos EUA beneficia as empresas do setor frigorífico no Brasil

JBS (JBSS3), BRF (BRFS3) ou Marfrig (MRFG3)? Só uma vale a compra, diz Itaú BBA; veja qual
(Foto: Clayton de Souza/Estadão)

Em relatório semanal sobre o setor frigorífico, o Itaú BBA destaca as ações de uma empresa com visão otimista para o segundo semestre de 2024. Entre JBS (JBSS3), BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3), a corretora manteve visão construtiva para as ações da primeira, com preço-alvo de R$ 39, enquanto segue neutra para BRF e Marfrig, com preços-alvo de R$ 19 e R$ 14, respectivamente.

Segundo os analistas, a JBS segue com sólido impulso gerado pelo negócio de frango nos Estados Unidos e no Brasil, considerando que somente o segmento de frango americano ampliou sólidos 30% no segundo trimestre de 2024. Mantido todo o resto, esse vento favorável implicaria um ganho trimestral interessante nos resultados consolidados, na visão do banco. “Essas dinâmicas têm sido o foco da maioria de nossas interações com investidores no último mês e reforçam nossas expectativas positivas para a JBS no curto e no médio prazo”, explicam.

O segmento de suínos, por sua vez, desperta visão pessimista do Itaú BBA por conta de previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) em relação às importações chinesas. De acordo com o relatório, a produção do país asiático de carne suína em 2024 deverá ser 56% superior aos níveis de 2020, implicando abundantes fornecimentos internos e levando os principais fornecedores globais de carne suína à China – incluindo Brasil e EUA – a buscarem mercados de exportação alternativos.

BRF e Marfrig seguem no radar

Em relação às ações da BRF, os analistas comentam que a empresa continua incorporando expectativas mais fortes para o ano fiscal de 2024. Apesar das crescentes colocações no Brasil no segmento de frangos, a produção ainda não reflete esta tendência.

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Os dados analisados apoiam a visão de uma tendência positiva prolongada para a indústria avícola brasileira, apoiada por três fatores principais: a escassez da oferta de frango no Oriente Médio, preços mais elevados da carne bovina em todo o mundo e desafios de eclodibilidade – ou seja, uma análise específica da unidade produtora de pintos – nos EUA.

Para Marfrig, por sua vez, o BBA avalia que o terceiro trimestre deste ano ainda será um “ponto-chave” a ser monitorado, após o segmento de carne bovina dos EUA ter contraído 1,5% no trimestre anterior. “Durante este período, os preços do gado aumentaram 4,5%, provavelmente resultando em margens mais estreitas em toda a indústria”, afirmam os analistas.

Apesar da avaliação relativamente atrativa, a corretora mantém visão neutra sobre as ações da empresa devido à incerteza em torno do momento e da intensidade do ciclo de queda da carne bovina nos EUA. No entanto, os analistas reconhecem que o sólido impulso no negócio de frangos, por meio da sua participação na BRF, poderá servir como um gatilho de curto prazo para a plataforma consolidada da empresa frigorífica.