- Luiz Barsi, em sua recente entrevista para o guia especial Onde Investir em 2021 do E-investidor, explicou por onde devemos começar a nossa análise: 'O investidor precisa avaliar as ações pelo critério da oportunidade, pelo que representa o negócio da empresa, não pelo índice'
- Se 2020 nos ensinou algo, foi de que a única certeza em um exercício de futurologia é o erro. Mesmo assim, vale a pena tentar se planejar
Todo mês de dezembro é a mesma coisa. Os analistas tiram a poeira e lustram as suas bolas de cristal na tentativa de prever como será o próximo ano na Bolsa de Valores. Luiz Barsi, em sua recente entrevista para o guia especial Onde Investir em 2021 do E-Investidor, explicou por onde devemos começar a nossa análise: “O investidor precisa avaliar as ações pelo critério da oportunidade, pelo que representa o negócio da empresa, não pelo índice […]”.
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Se 2020 nos ensinou algo, foi de que a única certeza em um exercício de futurologia é o erro. Mesmo assim, vale a pena tentar se planejar. Pensando nisso, o Ações Garantem o Futuro selecionou as empresas com maiores chances de se destacar em nossas carteiras previdenciárias, com dividend yield superior a 7% a.a..
Aes Brasil (TIET11/TIET3/TIET4)
Rebatizada de Aes Tietê para Aes Brasil recentemente, a companhia tenta deixar para trás uma trajetória turbulenta em 2020 sob o ponto de vista societário. Em março, a Eneva, que atua no setor de gás natural, iniciou uma tentativa de oferta hostil que chacoalhou a roseira e fez o controlador se mexer. Desde então, diversas medidas de governança corporativa foram divulgadas.
A principal delas foi o anúncio de migração para o Novo Mercado, com direito a uma reestruturação organizacional que, ao que tudo indica, será extremamente benéfica para a otimização dos recursos da companhia. A mudança ainda depende de aprovação dos acionistas em Assembleia Geral, provavelmente ainda no primeiro trimestre.
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Podemos adicionar sem sombra de dúvida que a companhia se provou resiliente no pagamento de dividendos em um ano extremamente desafiador, e assim deverá continuar em 2021. Estrategicamente, a Aes Brasil tem apostado na diversificação do seu portfólio energético para mitigar o risco hidrológico, optando por empreendimentos eólicos e solares.
Santander (SANB11/SANB3/SANB4)
A lista não poderia deixar de fora o setor financeiro, que tradicionalmente elege algumas boas pagadoras de dividendos. A tese só se confirmará em 2021 se o Banco Central afrouxar as regras que atualmente restringem a distribuição de proventos ao limite de 25% do lucro líquido do exercício.
Caso se concretize, não enxergamos ainda nenhuma grande oportunidade de alocação para os bancos, principalmente se as condições fiscais seguirem indefinidas. A opção de distribuir dividendos, então, acabaria se tornando atrativa.
O critério de desempate entre nossas preferidas, Banco do Brasil e Santander, se deve pela política menos conservadora de provisões do banco espanhol, que permitirá uma retomada mais acelerada no payout.
BB Seguridade (BBSE3)
Por fim, selecionamos a BB Seguridade, que atua não apenas nos segmentos de seguros, como também de capitalizações e previdência. Os resultados da companhia surpreenderam positivamente apesar da queda livre da taxa Selic, que impacta a marcação a mercado de seus títulos.
Os resultados financeiros foram compensados pelo bom desempenho das receitas com corretagem e de captação. A companhia deverá manter a sua política robusta de distribuição de dividendos em 2021 e poderá se beneficiar de uma eventual subida na taxa básica de juros.
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O jacaré está de boca aberta, aguardando boas oportunidades.