

As ações do Grupo SBF (SBFG3), controlador da Centauro, disparam no pregão desta terça-feira (18) após a companhia reportar lucro líquido de R$ 135,2 milhões no quarto trimestre de 2024, alta de 6,4% na comparação com o mesmo período de 2023. Para analistas do mercado financeiro, a empresa apresentou números no caminho certo, com a manutenção da melhor da lucratividade da companhia.
Às 12h36min, as ações do Grupo SBF subiam 5,93%, a R$ 11,97. Para os analistas do Goldman Sachs, o grupo SBF apresentou resultados em linha com o consenso, com o trimestre marcado por uma melhora na lucratividade e crescimento um pequeno crescimento da receita. Eles lembram que a Centauro cresceu ligeiramente 3% em relação ao ano anterior, embora a equipe de especialistas estime que o foco permaneça no aumento da lucratividade.
“O lucro líquido, por sua vez, surpreendeu positivamente, ajudado por resultados financeiros melhores do que o esperado e uma menor taxa efetiva de imposto, após a distribuição de juros sobre o capital próprio entre empresas”, dizem Irma Sgarz, Felipe Rached e Gabriela Leme, que assinam o relatório do Goldman Sachs.
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Na opinião dos analistas da Ágora Investimentos e Bradesco BBI, Grupo SBF reportou resultados em linha com as expectativas desde as vendas até o Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Eles comentam que, após o balanço deste último trimestre, a empresa começa a dar indícios de que a maioria da jornada de melhoria da lucratividade do Grupo SBF já está em andamento, e a empresa agora se dirige para 2025 com menos espaço para crescimento e recuperação da lucratividade.
“Não esperamos ver uma aceleração significativa da receita bruta em 2025, enquanto prevemos alguns riscos para a lucratividade (por exemplo, impacto do dólar na margem bruta, nível de margem EBITDA já não muito longe do nível máximo de 12%)”, dizem Pedro Pinto do Bradesco BBI e Flávia Meireles da Ágora Investimentos, que assinam o relatório em conjunto.
A equipe do BTG Pactual ressalta que, apesar da tendência fraca de vendas do Grupo SBF, o lado positivo veio de outra rodada de expansão da margem bruta no período, que mede a rentabilidade da varejista. No quarto trimestre de 2024, a companhia reportou uma margem bruta de 48,2%, alta de 2 pontos porcentuais na comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, eles comentam que a empresa tende a ganhar mais espaço no ramo esportivo.
“De um ponto de vista mais estrutural, apoiado por sua posição de liderança em um mercado de artigos esportivos altamente fragmentado, vemos espaço para ganhos de participação de mercado, especialmente com a operação da Nike, sustentando nossa visão positiva sobre o nome”, argumentam Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima, que assinam o relatório do BTG.
Ainda dá tempo de comprar ações do Grupo SBF após disparada?
Os analistas não possuem uma opinião unanime, mas a maioria recomenda compra. O Goldman Sachs recomenda compra para o Grupo SBF com preço-alvo de R$ 16 para os próximos 12 meses, uma alta de 41,6% na comparação com o fechamento de segunda-feira (17), quando a ação encerrou o pregão a 11,30. O BTG também recomenda compra com preço-alvo R$ 16, alta de 41,6% em relação ao último fechamento.
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“Com base em nossas estimativas atuais, vemos a ação SBFG3 sendo negociado com um desconto em relação à mediana dos varejistas, com o indicador Preço sobre Lucro (P/L) estima do para 2025 em 6 vezes vs 10 vezes o P/L para o setor, sustentando nossa recomendação é de compra”, argumentam Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima do BTG.
Já a Ágora Investimentos e o Bradesco BBI possuem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 13,00, uma alta de 15,0% em relação ao fechamento de segunda-feira. Os analistas dizem que estão céticos com o Grupo SBF (SBFG3) dado esse cenário de gatilhos operacionais limitados e com a empresa negociada a 8,5 vezes o múltiplo Preço sobre Lucro (P/L) para 2025.