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Colunista

Como a pseudo-Cuba engoliu Cuba

Enquanto o regime cubano limitar a liberdade de expressão de seu povo, a economia também continuará limitada

Por Thiago de Aragão

21/07/2021 | 7:34 Atualização: 21/07/2021 | 17:23

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Manifestações que eclodiram em Cuba (Foto: Reuters/Alexandre Meneghini)
Manifestações que eclodiram em Cuba (Foto: Reuters/Alexandre Meneghini)

As manifestações que eclodiram em Cuba nas últimas semanas liberaram um grito engasgado há mais de cinquenta anos na população. O regime comunista, fechado ao mundo, somado ao embargo dos EUA, geraram décadas de desigualdade, pobreza e fome. O último protesto relevante que ocorreu na ilha foi em 1994.

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Cuba se mantém como o símbolo do Socialismo mais puro e atrasado que existe no planeta. Mesmo com o fim da União Soviética e com a abertura econômica chinesa (nos anos 1980 e principalmente nos anos 1990), o país ainda segue a cartilha fracassada da União Soviética, sem uma fração do parque industrial que os soviéticos possuíam.

Claro que o que temos na China não é socialismo nem comunismo. Xi Jinping vem instaurando uma mescla de simbologia comunista, capitalismo controlado, autoritarismo e confucionismo, na ânsia de criar um ‘Sinoismo’, que representaria mais a natureza única do que a China tenta representar.

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Mesmo assim, por mais que a China tenha se colocado como um exemplo para alguns países em desenvolvimento sem apreço à democracia, Cuba não se interessou em estreitar um relacionamento com Pequim capaz de gerar um fluxo de caixa que mantivesse o regime funcionando minimamente.

A ausência de qualquer recurso natural volumoso e valioso também prejudica o interesse chinês na ilha, fazendo com que a existência “conceitual” de Cuba seja mais importante para pseudorrevolucionários do que sua existência real.

Fechado para o mundo

Desde 1960, um ano após a revolução cubana, o país pena com embargos americanos. Na época, os cubanos estatizaram negócios que eram mantidos por investimentos norte-americanos e a resposta foi o bloqueio às exportações. Após a Crise dos Mísseis, em 1962, o bloqueio foi ampliado. A essa altura, a relação entre EUA e Cuba já estava findada.

Ao longo das décadas, o embargo se manteve. Até o início dos anos 1990, mais uma “desculpa” para atribuir aos EUA os problemas da ilha do que a verdadeira razão que respondesse pela sua fraca economia. Isso porque Cuba recebia auxílio financeiro da União Soviética. Com o fim do bloco soviético e com a decadência da Rússia, o país passou a sentir fortemente os efeitos econômicos proporcionados pelo embargo norte-americano.

Para amenizar esses efeitos, Cuba precisou se abrir um pouco mais ao mundo. Os investimentos espanhóis, sobretudo na área de turismo, geraram um respiro aos habitantes da ilha.

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A beleza do país atraía milhares de turistas, que se hospedavam em redes hoteleiras espanholas. Ainda assim, o capital espanhol não era o suficiente, uma vez que um país sem relações com o país mais rico do mundo (EUA) estaria aos trancos e barrancos.

A pandemia de Covid-19 estancou com a principal fonte financeira da ilha: o turismo. Sem o afluxo de turistas, hotéis fechados e restrições sanitárias, o copo, que já estava cheio, transbordou. A fragilidade financeira ficou evidente e as falhas do governo se aguçaram. Nem os recentes (e moderados) investimentos da China parecem acender a luz no fim do túnel.

Por mais que o turismo seja o carro-chefe cubano (ao lado de excelentes charutos, como o Robaina e o Cuaba), a concorrência regional é pesada. O Caribe não tem problema de oferta de praias paradisíacas em países mais abertos e amigáveis a qualquer tipo de papo político que turistas venham a discutir na praia.

A eleição de Obama trouxe mais um pequeno respiro. A aproximação dos países, o relaxamento do embargo e a abertura do turismo para os norte-americanos — um mercado gigantesco — gerava uma esperança para a economia e para a democracia de Cuba.

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Essa chama de esperança durou pouco. Donald Trump reforçou o embargo e deteriorou novamente a relação com a ilha. Agora o maior golpe que Cuba está levando não é político, e sim, sanitário.

A China, que vem maciçamente investindo na América Latina, encontrou o vácuo deixado pela Rússia (e mais recentemente pela Venezuela, que um dia já ajudou Cuba), mas, diante da sua própria crise interna, teve que se voltar a si mesma. Entretanto, somente a ajuda da China não faria milagres. Um país fechado para o mundo como Cuba, e com problemas internos que vão muito além dos econômicos, não poderá contar com uma “fada madrinha” para resolver suas questões.

Por mais que Cuba interesse aos chineses, existem outros países na região mais interessantes para eles, como a Nicarágua, e o seu canal, e a Argentina, e suas instalações estratégicas. Com isso, não dá para se esperar que a China, nem nenhum outro país ou investidor, seja o “salvador da pátria” para Cuba.

Por que a democracia é o caminho?

Para que a economia de Cuba se reaqueça e que se torne um país interessante para investidores internacionais, não basta apenas um grande provedor, como a China. Não basta também que a pandemia acabe e o turismo volte ao normal. Muito menos será suficiente que os EUA derrubem o embargo contra a ilha. Essas seriam medidas paliativas, pois a solução econômica está atrelada à democracia.

E por que a democracia é o caminho? Por mais clichê que pareça, a democracia não envolve apenas o processo eleitoral. Envolve estabilidade jurídica e liberdade de contratar, demitir, investir, desinvestir, brigar legalmente, fazer as pazes legalmente. Tudo isso envolve a prática da divergência para que se alcance a convergência. Países que praticam a convergência forçada estão fadados ao fracasso, como a história nos revela insistentemente

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Enquanto o regime cubano continuar limitando a liberdade de expressão de seu povo e se fechando para o mundo, a economia também continuará limitada. Diferentemente da China, Cuba é um país latino gerido por valores ocidentais. A população chinesa aceita ter liberdade econômica em detrimento da liberdade política. Já a população cubana, não. Os valores das sociedades latino-ocidentais exigem que liberdade econômica e liberdade política andem juntas, ou seja, para atingir uma, é preciso atingir também a outra. Cuba só será minimamente estável economicamente quando se tornar uma democracia.

As manifestações desgastam e continuarão desgastando o governo de Miguel Díaz-Canel, o sucessor dos irmãos Castro no poder. A falta de uma figura forte é crucial para o enfraquecimento de um governo perante a sociedade. Agora, se será possível derrubar um regime que dura há mais de meio século, aí já é mais difícil de dizer. O que se pode afirmar é que Cuba continuará banhada na instabilidade, pelo menos a curto prazo, e que a sua população está cansada disso.

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