- Com o resultado, o mercado reagiu com mau humor e as ações da companhia fecharam o pregão em queda de 2,33%, cotadas a R$ 21,39.
- Segundo Ilan Arbetman, analista CNPI da Ativa Investimentos, a Gol apresentou, conforme o esperado, um resultado afetado pelo avanço da pandemia entre abril e maio de 2021
Nesta quinta-feira (29), a Gol (GOLL4) divulgou os resultados referentes ao segundo trimestre de 2021. A empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 1,2 bilhão. Com isso, o mercado reagiu e as ações da companhia fecharam o pregão em queda de 2,33%, cotadas a R$ 21,39.
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O Ibovespa também seguiu em tendência de queda, com baixa de 0,48%, aos 125.675,33. No ano, os papéis da Gol acumulam baixa de 14,23%.
Segundo Ilan Arbetman, analista CNPI da Ativa Investimentos, a Gol apresentou um resultado afetado pelo avanço da pandemia entre abril e maio de 2021.
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“Apesar dos desafios, as receitas, custos, Ebitda e lucro líquido vieram em linha com nossas expectativas, motivo pelo qual destacamos a capacidade de gerenciamento financeiro da companhia mesmo diante de dados operacionais ainda negativos. Destacamos ainda a obtenção de relevante queda em seu Cask e da diminuição de 93,8% QoQ no consumo de caixa das atividades operacionais, motivos pelo qual conferimos um caráter neutro à divulgação dos números do trimestre”, diz Arbetman.
Resultados 2T21
No segundo trimestre de 2021, a Gol reportou um prejuízo líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão, um aumento de 56,2% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi de R$ 771,8 milhões.
Em termos de Ebitda, a companhia entregou R$ 466,6 milhões, o que representa um salto de 65,2% se comparado ao segundo tri de 2020, de R$ 282,5 milhões.
Um ponto de destaque para a Gol foi que a companhia conseguiu aumentar a quantidade de passageiros transportados no segundo trimestre. Conduzindo 2,9 milhões de pessoas, um aumento de 366% no mesmo período de 2020. Entretanto, o número ainda é 64% menor do que o que foi reportado no 2T19, antes da pandemia.
“Com base em nossas expectativas sobre o avanço da vacinação no Brasil, prevemos que as viagens a negócios voltarão a apresentar uma recuperação acentuada a partir do 1T22. Quando isso acontecer, aumentaremos a malha da GOL para permitir altas frequências nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, restaurando as rotas aos níveis pré-pandemia”, disse Paulo Kakinoff, CEO da companhia, em nota.
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Além disso, Kakinoff informou que em julho de 2021 a Gol atingiu um volume diário de vendas de R$ 26 milhões, o maior valor registrado desde 12 de março de 2020, inferior somente ao resultado registrado durante a Black Friday do ano passado.
“A Gol divulgou novas perspectivas para o 3T21 e para o 2S21. Dentre as mudanças, destacamos a queda na previsão de aeronaves a serem operadas de 110 para 102 em função da necessidade de adequação de custos operacionais. A companhia espera deter uma dívida líquida de R$ 15,3 bi, montante R$ 500 milhões superior às últimas estimativas”, diz Arbetman.
*Com informações da Reuters