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Carol Sandler é fundadora do Finanças Femininas, a maior plataforma online do Brasil de educação financeira para mulheres. É apresentadora do podcast “Meu Dinheiro, Minhas Regras” e colunista da Rádio Bandeirantes e dos portais da revista Claudia e E-Investidor. Autora dos livros “Dinheiro Nasce em Árvore?” e “Detox das Compras”, além de coautora do “Finanças Femininas – Como organizar suas contas, aprender a investir e realizar seus sonhos”. Formada em Jornalismo (PUC-SP), estudou relações internacionais no Instituto de Estudos Políticos da França (Sciences Po) e liderança feminina em Wharton.

Escreve às segundas-feiras, a cada 15 dias

Carol Sandler

Investir em fundos ou comprar ações?

Prefiro deixar a tarefa de investir em ações com os bons gestores. Mas estudo o fundo a fundo

Foto: Pixabay
  • A maravilha do mercado financeiro é que os bons fundos contam com equipes inteiras dedicadas à análise de ações
  • Eles estudam o setor, analisam os números das empresas e definem indicadores que apontam para os bons momentos para comprar e vender

Existe algo de sexy em comprar uma ação: você escolhe uma empresa bacana e fica na torcida para ver ela se valorizar. Os seus ganhos com ela estão diretamente ligados à sua percepção: “como eu mandei bem!”.

Acredite em mim, eu conheço bem a atração que a compra de ações exerce nas pessoas. Mas a minha filosofia é diferente. Eu sou fã dos fundos de ações.

Em primeiro lugar, o meu trabalho não é o de analista de ações – tenho todas as minhas responsabilidades profissionais e pessoais para lidar no dia-a-dia (e que não são poucas). Como competir então com um analista profissional, que passa o dia focado em analisar empresas e identificar boas oportunidades?

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A maravilha do mercado financeiro é que os bons fundos contam com equipes inteiras dedicadas à análise de ações. Eles estudam o setor, analisam os números das empresas e definem indicadores que apontam para os bons momentos para comprar e vender. Estudam o cenário macroeconômico e como o que está acontecendo na economia impacta cada uma das empresas do portfólio. Conhecem os executivos das empresas, relacionam-se com o Departamento de Relações com Investidores e têm proximidade com as empresas nas quais investem.

Ao analisarem uma gama de empresas, eles conseguem identificar as boas oportunidades – e os momentos certos para operar. E mais: eles constroem carteiras inteiras e pensam não apenas se o fundo deve ou não ter aquela ação, mas quanto ela deve corresponder do total do fundo.

Por isso, eu prefiro deixar a tarefa de investir em ações com os bons gestores de fundos. Mas eu estudo o fundo a fundo (com perdão para a brincadeira), para entender sua estratégia e as ações em que investe.

Quando você investe em um fundo, já conta com a experiência do gestor para não só escolher as melhores ações, mas também em montar carteiras diversificadas.

Nesta virada de ano, quando pudemos acompanhar no noticiário o resultado dos melhores fundos de ações, fica claro o valor de escolher bons fundos e gestores. A minha receita?

  1. Saiba quem é o gestor – qual é a sua bagagem? O Google está aí pra isso;
  2. Verifique o histórico da equipe – eles trabalham juntos há quanto tempo?;
  3. Acompanhe os resultados dos últimos 3 anos – este é um bom tempo para entender como aquele time enfrenta as altas e baixas do mercado;
  4. Estude a estratégia do fundo – as informações estão na lâmina;
  5. Veja se as taxas estão alinhados com o nível de risco e complexidade do fundo a taxa de administração e taxa de performance;
  6. Avalie se o prazo de resgate faz sentido – liquidez alta tem sempre o custo de menos rentabilidade potencial, mas tudo tem limite.

Com base nestas informações, é possível escolher um fundo de ações que esteja alinhado com o seu perfil de risco. Terceirizar a escolha das ações da sua carteira para um bom fundo de investimentos vale ouro em um mercado tão complexo.