- O Nubank Gold foi eleito o cartão com menor Custo Efetivo Total (CET) em pesquisa da Proteste
- Os cartões de maior CET foram o PAN (Sem anuidade, Internacional, Gold e Platinum)
- As maiores taxas são cobradas pelo uso do crédito rotativo
O cartão Nubank Gold se saiu bem na pesquisa da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), que analisou 72 cartões de crédito de 17 instituições financeiras. Ele foi eleito o produto com menor Custo Efetivo Total (CET), sigla que reúne todos os encargos, tributos, taxas e despesas de um crédito.
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O objetivo da pesquisa é mostrar como os consumidores devem ficar atentos ao escolher um cartão de crédito, já que o mau uso dele se tornou a causa campeã no ranking dos negativados. De acordo com dados de maio da Serasa, entre os 70,5 milhões de inadimplentes no Brasil, 31,6% se encontram nessa situação por conta de dívidas no cartão de crédito.
Dessa forma, a Proteste reuniu todos os cartões com anuidade zero, que não exigem nenhuma condição para o consumidor conseguir ou manter a isenção. Dentre eles, a associação comparou os CETs para verificar quais as melhores e piores opções para os usuários.
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Participaram do levantamento: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, BV Financeira, C6 Bank, Caixa Econômica Federal, Digio, Inter, Itaú, Losango, Neon, Next, Nubank, Original, PAN, Santander e Trigg.
Cartões com Anuidade Zero
Cartão | Bandeira |
---|---|
Banco do Brasil Ourocard Fácil | Visa |
Banco Inter Gold | Mastercard |
Banco Original Internacional | Mastercard |
Banco Pan Sem anuidade | Mastercard e Visa |
BV Financeira BV Livre | Mastercard e Visa |
C6 Bank Cartão C6 | Mastercard |
Digio | Visa |
Itaú Uniclass Signature | Visa |
Itaú Instituto Ayrton Senna Platinum | Mastercard e Visa |
Itaú Credicard Zero | Mastercard |
Neon Gold | Visa |
Next Visa Internacional | Visa |
Nubank Gold | Mastercard |
Maiores anuidades de cartão de crédito
Na ponta oposta, a Proteste também apontou quais são as maiores anuidades de cartões destinados a diferentes faixas de renda. Na faixa de R$ 7 mil, o cartão BV Único, da BV Financeira, cobra R$ 718 por ano, o maior valor da categoria. Para renda mínima de R$ 5 mil, o mais caro é o Itaú Latam Pass Platinum, do Itaú, que cobra anuidade de R$ 660. Mesmo quem tem renda a partir de um salário mínimo pode não ficar livre desse custo: o cartão internacional do banco PAN cobra R$ 264 anuais nesse caso.
Além disso, certos cartões dizem ter anuidade zero, mas, na verdade, só são isentos no primeiro ano, como observado com o Santander Dufry Platinum e o Banrisul Mastercard (Gold, Standard e Platinum). Alguns ainda atrelam essa isenção a alguma condição, como a utilização mensal do cartão com um valor mínimo. É o caso do Mastercard Libre (do Banrisul), Bradesco NEO Platinum e Santander.
Com o Nubank Gold, que exige análise de crédito para adesão, o consumidor consegue economizar R$ 718,80 por ano em comparação a quem contratar o cartão BV Único, da BV Financeira, que cobra a maior anuidade entre os cartões analisados no estudo.
Entre os de anuidade realmente zerada, o Nubank Gold teve o menor CET (289,60% ao ano). Logo atrás aparece o Caixa Internacional, com 312,31% ao ano. Os cartões de maior CET foram o PAN (Sem anuidade, Internacional, Gold e Platinum), todos com CET de 836,29% ao ano. Veja as tabelas:
Menores CETs
Cartão | CET (ao ano) |
---|---|
Nubank Gold | 289,60% |
Caixa Internacional | 312,31% |
Itaú Uniclass Signature | 342,37% |
Original Platinum | 342,75% |
Santander AAdvantage Quartz | 343,69% |
Maiores CETs
Cartão | CET (ao ano) |
---|---|
Pan Sem anuidade | 836,29% |
Pan Internacional | 836,29% |
Pan Gold | 836,29% |
Pan Platinum | 836,29% |
Banrisul Mastercard Básico | 830,90% |
Juros
“Os juros praticados no cartão de crédito no Brasil são os maiores comparados a qualquer outra taxa vigente no mercado”, alerta Rodrigo Alexandre, especialista da Proteste. As maiores taxas são cobradas pelo uso do crédito rotativo, oferecido ao consumidor quando ele não faz o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento.
Outro tipo de juro que compromete as finanças é o do parcelamento da fatura. “Essa é uma maneira de o consumidor não entrar no rotativo. Porém, encontramos juros de até 657,68% ao ano, no cartão Next Visa internacional. Por isso, também não aconselhamos que se faça esse tipo de parcelamento”, sugere.
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Há mais dois serviços que devem ser evitados: o parcelamento de compras e a função saque com o cartão de crédito. No primeiro, os juros podem chegar a 274,10% ao ano, no Banrisul Mastercard básico.
No segundo serviço, a maior taxa registrada no estudo foi de 759,64% ao ano, no Banrisul Gold, Standard e Classic. Ao sacar dinheiro no cartão de crédito também é cobrada uma tarifa, que pode chegar a R$ 18,90 (saque nacional nos cartões do Bradesco) e a R$ 50 (saque no exterior pelo cartão da BV Financeira).