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Criptomoedas

Nova atualização mexe no preço do ethereum e mercado vê oportunidade

Analistas esperam período de volatilidade na cotação da criptomoeda e orientam o investidor sobre o que fazer

Nova atualização mexe no preço do ethereum e mercado vê oportunidade
Aprovação de ETFs de bitcoin alavancaram valorização do ethereum no mercado de criptomoedas. (Foto: Envato Elements)
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  • Na prática, o novo processo acontece para aperfeiçoar as mudanças realizadas pelo The Merge, ocorrido em outubro no ano passado
  • Com a finalização, espera-se que o preço do ETH sofra uma volatilidade com possíveis quedas de 5%, mas que não deve afetar os fundamentos de investimento

A rede ethereum deve passar por mais uma atualização nesta quarta-feira (12) que pode trazer volatilidade no preço da criptomoeda ao longo dos próximos dias. Denominado como Shanghai Hard Fork, o novo processo pretende  “aperfeiçoar” as mudanças feitas com a troca do sistema “proof-of-work” (prova de trabalho) para o “proof-of-stake” (prova de participação), ocorrido meses atrás durante o The Merge.

Com a finalização do processo do Shanghai Hard Fork, saques de ETHs –  moedas nativas da rede do ethereum – devem aumentar a oferta do ativo digital no mercado financeiro. Por esse motivo, há uma estimativa de que a conclusão do Shangai possa, segundo Rony Szuster, analista do Mercado Bitcoin, causar uma queda em torno de 5% no preço do ETH. “Na minha avaliação, deve ocorrer uma pressão de venda de 22 mil ETHs por dia durante dois meses”, acredita.

Por outro lado, a volatilidade deve ocorrer por um período pontual, o que significa que os fundamentos para investimentos na criptomoeda ETH não devem ser alterados com a atualização. Pelo contrário, o Shanghai Hard Fork consolida as promessas de inovação do The Merge. “Se você é um investidor de longo prazo que pretende ficar com o ETH por dois a quatro anos, vale a pena aproveitar a queda do preço para fazer aportes regulares, conforme a sua capacidade, mensalmente”, afirma Felipe Medeiros, analista de criptomoedas e sócio da Quantzed Criptos.

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Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move, também aconselha ao investidor manter sua posição na criptomoeda para o longo prazo. Como a nova atualização vai aperfeiçoar os fundamentos da rede que devem ser visto somente nos próximos anos, a estratégia segurar o ativo em carteira se torna mais interessante para quem busca rentabilidade. “No curto prazo, há o cenário macroeconômico que segue incerto”, comenta.

A troca do sistema proof-of-work (prova de trabalho) para o proof-of-stake (prova de participação), realizada por meio do The Merge em 2022, vai permitir que as tecnologias desenvolvidas na rede ethereum possam ser feitas com mais rapidez. Segundo o Defi Lama, um agregador de dados de criptomoedas, a rede do ethereum responde por mais de 60% dos contratos inteligentes disponíveis no mercado e se tornou um dos maiores ambientes capazes de criar os NFTs (tokens não fungíveis).

Entenda a atualização do ethereum

A previsão era que o Shanghai acontecesse no fim de março, mas foi adiado para este mês. Antes do início da atualização, pelo menos três testes foram feitos pelos desenvolvedores do ethereum para garantir a eficácia da atualização.

Segundo Szuster, esse processo vai permitir que os validadores do ethereum possam realizar saques dos ETHs depositados na rede. Isso porque, para garantir a mudança do sistema de validação (certificar se a transação na rede é verdadeira ou não) por meio do The Merge, foi preciso a criação de uma rede “paralela” em dezembro de 2020, chamada de Beacon Chain.

Neste novo espaço, os interessados em validar ETH na rede blockchain Ethereum precisavam depositar 32 ETHs. O problema é que a Beacon Chain não permite saques dessas moeda depositadas. “Lançaram a Beacon Chain antes porque os desenvolvedores da rede precisaram garantir que houvesse uma quantidade razoável de validadores após a mudança de proof-of-work para o proof-of-stake”, explica Szuster. Por isso, a mais nova atualização da rede está sendo aguardada pelo mercado porque os validadores vão poder realizar os saques das moedas depositadas.

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Com a possibilidade de saque, há o risco dos investidores desejarem vender suas moedas que estão acumuladas desde dezembro de 2020. Esse movimento pode gerar uma pressão de venda no ativo ao ponto de trazer volatilidade. No entanto, o analista do MB explica que a rede estabeleceu regras para que os validadores possam resgatar as suas moedas. “Apenas um validador por minuto pode realizar o resgate e já existem validadores que estão na fila para fazer isso”, afirmou.

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