- Índice Geral de Preços do Mercado também é conhecido popularmente como "inflação do aluguel"
- Em julho deste ano, o IGP-M variou 0,78%
- O IGP-M tem influência em todos os investimentos brasileiros
Divulgado todos os meses, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) tem impacto em diversos setores do mercado. Conhecê-lo é importante, por isso saiba o que é o IGP-M, como é calculado, sua influência nos preços e a importância para investidores.
O que é IGP-M?
IGP-M é a sigla usada para o termo “Índice Geral de Preços do Mercado”, que também é conhecido popularmente como “inflação do aluguel”.
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Independentemente do nome dado, no entanto, esse é um indicador cujo propósito é calcular a movimentação de valores na economia brasileira, tanto da moeda, quanto dos preços.
Sua concepção surgiu em 1940 como uma medição abrangente que deveria incluir diferentes atividades e etapas dos processos produtivos nos principais setores do mercado.
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São medidos desde matérias-primas agrícolas e industriais até produtos e serviços destinados ao consumidor final. Com toda essa abrangência, o IGP-M passa a indicar, também, a média de inflação no Brasil e se torna relevante tanto para indústria quanto para investidores.
Qual a influência do IGP-M nos preços?
O IGP-M serve como referência para reajuste de valores: energia elétrica, telefonia, aluguel, imóveis, entre outros – daí o nome “inflação do aluguel”.
Ano a ano, esse valor é utilizado como base para reajustar o custo dos aluguéis, que geralmente têm contratos renovados anualmente.
Serviços como educação e saúde, atualizados com frequência anual, também ajustam seu custo a partir da divulgação do indicador.
Se determinado produto ou serviço aumentou ou diminuiu de preço de um mês para outro, certamente houve alta ou baixa do IGP-M no mesmo período. Por isso, ele é considerado um indexador.
Como calcular o IGP-M?
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) é a instituição responsável por calcular o IGP-M mensalmente e, em instância superior, está o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE). Então, mês a mês, uma porcentagem é apresentada e, em seguida, utilizada como base pelo mercado em tomadas de decisões e reajustes.
Para calcular o IGP-M, são considerados três fatores com diferentes variações:
- Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M): é aquele que monitora variações do varejo, representa 60% do total do IGP-M, sendo o mais significativo entre os fatores que o influenciam.
- Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M): influencia em 30% o IGP-M final e demonstra o poder de compra em setores como alimentação e saúde.
- Índice Nacional de Custo de Construção (INCC-M): como o nome já indica, monitora o custo da construção de habitação. A sua influência percentual no valor do IGP-M é 10%.
O que é IGP-M acumulado?
Quando é feita a média entre os índices divulgados mensalmente durante todo um ano, o resultado final do cálculo é chamado de IGP-M acumulado. Esse, por sua vez, é tomado como ponto de partida para a revisão de preços e serviços.
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Para entender como se chega ao valor do IGP-M acumulado, é preciso entender a lógica para definir juros compostos. As porcentagens de cada mês são multiplicadas e vai se acrescentando uma nova multiplicação a cada nova atualização.
Qual é a influência do IGP-M nos investimentos?
De forma simples e direta, o Índice Geral de Preços do Mercado tem influência em todos os investimentos brasileiros, uma vez que leva em consideração as movimentações financeiras do País.
É por isso que acompanhar o IGP-M mensalmente é uma atitude necessária para quem quer proteger investimentos dos altos e baixos do mercado.
Em alta, o IGP-M representa uma desvalorização do dinheiro e diminuição do poder de compra.
Os preços do que é oferecido no mercado sobem, enquanto os salários e os rendimentos continuam iguais. Portanto, todos os investimentos afetados pela desvalorização da moeda corrente sofrem alterações.
Geralmente, as aplicações de renda fixa rendem seguindo as variações do IGP-M e de mais um percentual fixo, que é definido na hora de compra do título. Seguindo esse padrão, elas são chamadas de “ações híbridas”.
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Normalmente, ações híbridas são bem avaliadas em termos de rentabilidade. Isso porque, quase sempre, rendem acima da inflação e também acima da poupança, ou seja, são seguras contra possíveis perdas dos investidores, e o dinheiro colocado nelas não vai perder valor ao longo do prazo dos investimentos.
Quais investimentos estão atrelados ao IGP-M?
Entre as aplicações mais populares diretamente ao IGP-M estão as descritas a seguir.
1. Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
Com isenção de Imposto de Renda e garantia pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), a LCA é uma aplicação no setor do agronegócio que rende com a soma de uma taxa fixa e um indicador que varia. Nesse caso, os indicadores podem ser o IPCA ou o IGP-M.
2. Letra de Crédito Imobiliário (LCI)
Escolhido por quem deseja aplicar no mercado imobiliário sem arcar com o ônus do Imposto de Renda e com garantia do FGC, seu rendimento é dado a partir da soma entre uma taxa prefixada e um índice variável (IPCA, na maior parte das vezes). Em alguns casos, é vinculado ao IGP-M por certas instituições financeiras.
3. Tesouro IGP-M
A relação entre o investimento e o índice já está no nome. O Tesouro IGP-M é uma das opções para quem coloca o dinheiro no Tesouro Direto. Ele tem rentabilidade híbrida: significa que há um valor fixo de juros, estabelecido no ato da compra, que é somado aos juros variáveis do índice.