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As seis ações que o investidor precisa manter no radar em 2023

Segundo os especialistas, algumas opções têm bom potencial; com Petrobras, é preciso cautela

As seis ações que o investidor precisa manter no radar em 2023
Incertezas com o Lula 3 fazem especialistas manterem receio com ações da Petrobras. (Fernando Frazão/Agência Brasil)
  • No Brasil, com o início do novo governo de Lula (PT), a expectativa é de que haja políticas mais expansivas de gastos e maior incerteza fiscal
  • Esses cenários precisam estar na pauta na hora de decidir quais ações são boas opções para investir e quais é melhor evitar
  • O setor bancário costuma ser uma alternativa mais resiliente para momentos desafiadores no mercado

Ano novo, mercado novo? Nem tanto. O ano de 2023 pode dar sequência à volatilidade que já atingiu os investimentos de renda variável em 2022. No Brasil, com o início do novo governo de Lula (PT), a expectativa é de que haja políticas mais expansivas de gastos e maior incerteza fiscal. Já no exterior, a tendência é de continuidade do aperto monetário nas economias desenvolvidas e uma possível recessão.

Leia também: O que é a “bomba econômica” para 2023 e como ela afeta o Ibovespa

Esses cenários precisam estar na pauta na hora de decidir quais ações são boas opções para investir e quais é melhor evitar. Aqui, mostramos a recomendação de 14 corretoras para 2023.

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Na bolsa brasileira, setores que sofreram muito com a alta da Selic – varejo, construção civil, tecnologia – podem seguir pressionados no próximo ano, dada a perspectiva de que os juros fiquem altos por mais tempo. “A perspectiva para a renda variável fica um pouco mais tumultuada”, explica Rafael Marques, CEO da Philos Invest. “Essa nova fase de juros elevados por mais tempo deve fazer empresas que estavam conseguindo sobreviver voltarem a sofrer”.

André Luzbel, head de renda variável da SVN Investimentos, concorda que é preciso ficar atento às ações de empresas que caíram muito em 2022. “Temos chamado bastante atenção dos nossos clientes para eles não caírem no canto da sereia de tentar comprar aquilo que mais caiu esse ano achando que serão as ações que mais irão subir no que vem”, afirma.

Confira algumas opções que, segundo os especialistas, possuem bom potencial e outras para as quais é preciso ter maior cautela.

O setor bancário costuma ser uma alternativa mais resiliente para momentos desafiadores no mercado. E é por isso que ele está entre as boas opções para 2023, diz André Luzbel, da SVN Investimentos.

O head de renda variável destaca dois papéis: Itaúsa e Bradesco. “São ações de empresas resilientes que a gente acredita que podem entregar bons frutos para o investidor no ano que vem e têm oportunidades até em relação a preço, dado que esses ativos não subiram tanto”.

A petroleira Prio (ex-Petrorio) é uma das ações que deve estar no radar em 2023 segundo Leonardo Piovesan, CNPI e analista fundamentalista da Quantzed, casa de análise e empresa de tecnologia e educação para investidores.

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Ainda que a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos preocupe, a retomada das atividades na China podem balancear a demanda, mantendo o preço da commodity em patamares ainda elevados.

“Isso ajuda diretamente a geração de caixa da Prio, que tem 100% das receitas dolarizadas e não sofre tanto com alta de juros ou inflação no Brasil, além de ser uma empresa que está gerando bastante caixa. Atributos que ajudam a passar pelo cenário macro que ainda podemos enfrentar”, explica Piovesan.

Quem também precisa estar no radar dos investidores para o próximo ano são as empresas estatais. Mas os motivos não são tão positivos.

As ações das companhias Petrobras e Banco do Brasil, as duas maiores estatais da bolsa, vêm sofrendo desde que Lula ganhou as eleições, com investidores receosos com uma possível mudança na gestão das empresas e maior intervenção estatal.

“O investidor precisará ficar atento a essas empresas que o governo controla e pode fazer políticas que não sejam as melhores para a própria companhia”, diz Rafael Marques, da Philos Invest.

Por mais que também seja uma empresa estatal, a Copel pode ter um 2023 mais positivo. Sendo uma companhia pública do Paraná, as ações podem acabar escapando da volatilidade causada pela volta de Lula.

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Além disso, no fim deste ano, a aprovação do processo de privatização da companhia energética deu um gás no desempenho das ações – que pode ser ainda maior em 2023 caso a desestatização ocorra.

“No setor de energia, temos preferência principalmente por Auren e Copel. A estatal ainda tem a possibilidade de privatização, que, se ocorrer, pode causar uma forte valorização nas ações”, destaca Luzbel, da SVN.

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