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Os fundos multimercados, que já vinham há meses com um desempenho ruim, tiveram em agosto a maior saída de capital para um mês em 2024. A captação líquida da classe ficou negativa em R$ 40 bilhões; o suficiente para levar a fuga de investidores para R$ 145 bi no acumulado do ano.
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O resultado é bastante discrepante se comparado às outras classes de fundos do mercado brasileiro. Com exceção dos fundos de ações e dos Exchange Traded Funds (ETF), que registram uma saída de R$ 1,9 bilhão e R$ 1 bilhão em agosto, respectivamente, todas as outras categorias tiveram uma captação líquida positiva. No acumulado do mês, o saldo da indústria ficou positivo em R$ 11,7 bi.
O grande destaque ainda é a renda fixa, queridinha dos investidores em 2024. Em agosto, a classe de fundos viu uma entrada de R$ 42,8 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), disponibilizados no boletim consolidado diário de fundos de investimento.
O problema dos multimercados não começou agora. Como mostramos nesta reportagem, para alguns especialistas, esta é a pior janela da história para a classe de ativos, que começou a enfrentar cenários adversos ainda em 2020.
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Muitos dos principais ativos brasileiros acompanham com atenção o mercado de juros, mas, com muitas mudanças no ambiente macroeconômico, no Brasil e no exterior, algumas estratégias se mostraram equivocadas. Nos primeiros meses de 2024, por exemplo, apenas 20 de 331 fundos conseguiam um retorno acima do CDI do período.
Com resultados ruins, os multimercados veem investidores migrar para outra classe de fundos: a renda fixa. Os dados da Anbima mostram que os fundos desta categoria acumulam uma captação líquida de R$ 303,7 bilhões no ano até agosto – ajudando a sustentar boa parte da captação positiva registrada pela indústria de fundos em 2024.
Aqui, contamos porque a renda fixa voltou a ser a queridinha dos portfólios.
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