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Por que Braskem (BRKM5), Cielo (CIEL3) e JBS (JBSS3) tiveram os piores desempenhos do dia na Bolsa

Ibovespa fechou o dia em baixa de 0,18%, aos 102.117,64 pontos

Por que Braskem (BRKM5), Cielo (CIEL3) e JBS (JBSS3) tiveram os piores desempenhos do dia na Bolsa
(Foto: Getty Images)

O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (25) em baixa de 0,18%, aos 102.117,64 pontos e com giro financeiro de R$23,4 bilhões. Em um pregão volátil, o principal índice da B3 encerrou o dia no campo negativo com o exterior mais cauteloso e com sinais de desacordo em relação ao valor do benefício no Renda Brasil, que provocou novamente temor fiscal nos investidores.

Na Europa e nos EUA as bolsas encerraram o pregão sem um sinal único. O diálogo sobre a fase 1 do acordo entre o país norte-americano e a China e dados positivos divulgados na Alemanha animaram os mercados. Porém, o recuo do índice de confiança do consumidor dos americanos para 84,8 em agosto, ante previsão de 92,5 dos analistas, enfraqueceu o dia.

As três ações que registraram as maiores quedas no dia foram Braskem (BRKM5), Cielo (CIEL3) e JBS (JBSS3).

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Confira o que afetou o desempenho desses três papéis:

Braskem (BRKM5): -3,51%

Com desvalorização de 3,51%, as ações da empresa encerraram o pregão com o pior desempenho do dia, cotadas a R$ 23,35. O papel da companhia foi o mais prejudicado desta terça-feira (25) com os investidores de olho nos desdobramentos das relações entre a empresa e o governo mexicano.

A Braskem Idesa, subsidiária da petroquímica no México, tem um acordo de fornecimento de etanol à Pemex, petroleira estatal daquele país, firmado em 2010. Esse acordo tem sido questionado pelo governo local. Andrés Manuel López Obrador, presidente do México, disse que o contrato foi “um roubo” à Pemex.

“O risco seria de alguma ação judicial contra a companhia, que poderia trazer prejuízos, como com o pagamento de compensações. Isso impactaria os resultados da Braskem”, apontou Paloma Brum, economista da Toro Investimentos, ao Broadcast.

No mês, as ações da empresa têm valorização de 2,41% e desvalorização de 21,78% no ano.

Cielo (CIEL3): -3,38%

Com baixa de 3,38%, as ações da empresa tiveram o segundo pior desempenho do dia e encerraram o pregão cotadas a R$ 4,86. O papel da companhia caiu em um dia de realização de lucros e sem nenhum outro motivo específico que justifique o desempenho morno.

Após subir em três sessões seguidas, Monteiro, analista da MyCap, disse ao Broadcast que ainda não há um noticiário positivo para a Cielo que justifique a valorização alcançada nos pregões e por isso a ação desvalorizou. “Há toda a questão do controle da empresa que ainda é incerta e ainda o WhatsApp Pay, que neste momento virou praticamente uma lenda no mercado”.

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No mês, as ações da empresa têm desvalorização de 9,50% e de 41,73% no ano.

JBS (JBSS3): -3,02%

Com variação negativa de 3,02% no dia de hoje, as ações da empresa fecham o top 3 das maiores baixas do pregão, cotadas a R$ 23,78. Nesta terça, o papel da companhia foi prejudicado pela inversão de sinal do dólar, que passou a cair com força no período da tarde.

Neste cenário, as ações das empresas exportadoras, que se beneficiam de um câmbio mais alto em suas receitas, foram prejudicadas. Além disso, também pesou para JBS a notícia de que o Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma ação civil pública contra a planta da empresa em Montenegro (RS).

O processo pediu o imediato afastamento de todos os empregados e trabalhadores terceirizados da unidade, em função de um surto do novo coronavírus no local. “Sempre que tem notícia envolvendo o coronavírus, isso afeta um pouco o setor”, disse Monteiro, da MyCap, ao Broadcast.

No mês, as ações da empresa têm valorização de 10,40% e no ano desvalorização de 5,71%.

*Com Estadão Conteúdo

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