O CEO da Bradesco Asset, Bruno Funchal, avalia que idealmente seria preciso uma taxa de juros de um dígito para que haja maior busca por risco e seja possível a volta das aberturas de capital (IPO na sigla em inglês) no Brasil. “Pelo menos tem que estar em um dígito alto, algo como 9%”, afirmou. Para baixar mais os juros, Funchal diz que muitas das condições estão acontecendo, como a convergência da inflação para a meta do Banco Central e a ancoragem das expectativas inflacionárias de curto e médio prazo.
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Mas há ainda o desafio fiscal, com a meta no governo de déficit zero em 2024, que vai precisar de receitas extras, pontuou o executivo. No exterior, a alta do juro longo americano, que não para de subir, também coloca um desafio. “Quanto menor os juros, maior esse apetite por risco”, disse em evento da Bloomberg Linea.
Com juros a 14%, como estavam até há alguns meses, o investidor vai para a renda fixa e instrumentos como debêntures incentivadas. “Se tiver inflação controlada e fiscal controlado que permita que a curva de juros baixe, vai ter a volta desse mercado naturalmente”, disse o ex-secretário do Tesouro.
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