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Educação Financeira

A rentabilidade dos fundos de previdência vale a pena ser acompanhada?

Com a maior oferta de ativos na indústria de fundos, investidores devem ter atenção na hora de alocar

A rentabilidade dos fundos de previdência vale a pena ser acompanhada?
Com a maior oferta de ativos na indústria de fundos, investidores devem ter atenção na hora de alocar e pensar na rentabilidade dos fundos de previdência.
  • Os fundos de investimento de previdência acumulam R$ 1,05 trilhão, equivalente a 15,17% de todo o patrimônio líquido, segundo dados de janeiro da Anbima
  • O histórico de rentabilidade, qualidade de gestão e acompanhamento de cenário são os principais pontos de atenção na hora de escolher um ativo
  • Com participação de novas instituições financeiras no mercado, como bancos digitais e corretoras, o número de fundos duplicou em três anos

A organização do orçamento para o futuro é um dos temas da educação financeira que os brasileiros estão cada vez mais atentos.

Mesmo com possíveis dificuldades no planejamento mensal, em tempos de inflação e juros em alta, a reserva para o longo prazo passa a ser uma preocupação já entre os mais jovens. Com participação de novas instituições financeiras no mercado, como bancos digitais e corretoras, as possibilidades são cada vez mais diversificadas.

Tendo na composição ativos de renda fixa, multimercado ou apenas ações, os fundos focados em previdência podem ser trunfos para a construção de patrimônio a longo prazo, mas ainda podem ser ciladas. Por conta disso, é necessário escolher ativos com históricos de rentabilidade e boa gestão.

Rentabilidade dos fundos financeiros: certeza ou cilada?

Como mostrado pelo E-Investidor, a partir de dados da Empiricus, alguns fundos não chegam a render nenhuma porcentagem do CDI, sigla para o Certificado de Depósito Interbancário, que, na prática, funciona para manter o poder de compra. Ou seja, para o investidor desses ativos, não há diferença entre alocar o dinheiro no ativo ou debaixo do colchão.

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De acordo com o levantamento, os 150 piores fundos são geridos por algum dos grandes bancos do País: BrasilPrev (do Banco do Brasil), Bradesco, Caixa, Itaú e Santander.

Por outro lado, de acordo com levantamento da Economatica, há fundos que chegam a dar retorno bem atrativo. Segundo a gestora, o fundo tem por objetivo obter ganhos de capital mediante operações nos mercados de ações, dividendo e juros, de forma que a composição depende de fatores como liquidez e potencial de valorização dos ativos.

Por conta do crescimento do mercado financeiro e de capitais, as possibilidades de investimentos nessa classe de ativo são expandidas. E é possível encontrar oportunidades por meio das próprias plataformas de investimentos.

Para Luiz Bacellar, CEO da Saks, ressalta as duas possibilidades de investimentos: o VGBL, que pode ser contratado por qualquer pessoa, e o PGBL, indicado para quem faz a declaração completa do imposto de renda (IR), já que possui uma dedução legal com um teto de até 12% da renda bruta anual.

“Nesse tipo de alocação, o hábito de investir todos os meses é mais importante que a rentabilidade, porém, se você pode ter uma rentabilidade melhor em algum outro plano de previdência, você deve buscar esse resultado”, aconselha.

Como escolher um fundo

De acordo com Denise Machado, sócia responsável pela área de private da Messem Investimentos, traçar objetivos e metas é o primeiro passo para decidir os ativos onde investir, especialmente quando é pensado no longuíssimo prazo. 

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“Não é simplesmente adquirir um plano e não checar seu desempenho. É preciso acompanhar se o rendimento está de acordo com o padrão do mercado”, avalia.

Segundo ela, as opções disponíveis são abrangentes, mas o acompanhamento de relatórios e boa reputação de casas e gestores fazem o diferencial na hora de ver os resultados.

Igor Cavaca, gestor da Warren Asset, explica que a composição desse tipo de ativo pode ser complexa devido ao período ser mais longo e por atender desde renda fixa, multimercado ou apenas ações, a depender do perfil de risco do investidor.

Para cada característica do ativo ou do investidor, estratégias diferentes podem ser mais benéficas. No entanto, cada passo deve ser avaliado.

O especialista explica que a concorrência entre novas instituições financeiras faz com que melhores produtos surjam no mercado. “Enquanto no passado a indústria tinha incidência negativa com os cotistas, os novos players buscam eficiência para ganhar destaque entre os concorrentes”, avalia.

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Ele ainda ressalta que os bancos digitais abrangem perfis diferentes de investidores e, com o respectivo cenário macroeconômico do País, conseguem oferecer produtos que acompanham as necessidades dos clientes.

A exemplo disso, ele destaca que a gestora percebeu a necessidade de oferecer fundos com mais riscos enquanto a Selic estava a 2%, no período entre agosto de 2020 e janeiro de 2021.

Por conta disso, um fundo de previdência de perfil moderado, por exemplo,  traria mais rentabilidade para o investidor. Por outro lado, com o aumento da taxa de juros, ativos de renda fixa ganharam mais atratividade.

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