- Segundo a Comparitech, já foram roubados mais de US$ 8,8 bilhões em criptomoedas na história
- Caso esses valores fossem corrigidos para a cotação atual de cada ativo, as perdas teriam sido de US$ 46,4 bilhões
Criminosos roubaram mais de US$ 8,8 bilhões em criptomoedas na história, montante que, corrigidos para a cotação atual de cada ativo, chega a US$ 46,4 bilhões. E o ano de 2022 registrou o maior valor de criptomoedas roubado na história, de US$ 3,55 bilhões, ou 30% acima do registrado em 2021 e 624% a mais na comparação com 2020. As informações constam em um levantamento da empresa de comparações Comparitech.
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A empresa que analisou os dados de roubo de criptomoedas também registrou quais foram os maiores crimes do tipo da história e como eles aconteceram. A lista foi feita de acordo com o quanto as criptomoedas desviadas valiam na época – então, os valores ajustados podem alterar a sequência.
Confira os dez maiores roubos de criptomoeda na história
1) Rede Ronin (Axie Infinity): US$ 620 milhões
A rede de blockchain Ronin, usada especialmente como base para as transações feitas no jogo NFT Axie Infinity, sofreu um ataque que desviou US$ 620 milhões em criptomoedas. Segundo o Comparitech, foram desviados 173,6 mil ether (ETH) que valiam cerca de US$ 595 milhões, além de US$ 25,5 mil em USDC, uma criptomoeda pareada com o dólar.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos posteriormente atribuiu o roubo ao grupo Lazarus, da Coreia do Norte.
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2) Poly Network: US$ 610 milhões
Em agosto de 2021, um hacker atacou a Poly Network explorando uma vulnerabilidade em seu sistema e conseguiu roubar fundos no valor de mais de $ 600 milhões.
O hacker, no entanto, decidiu devolver o dinheiro e ficar com US$ 33 milhões na criptomoeda tether. Segundo o Comparitech, a própria Poly ofereceu um cargo na área de segurança da companhia ao hacker que descobriu a falha no sistema e o invadiu.
3) Binance: US$ 570 milhões
Em outubro de 2022, a Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, foi roubada em US$ 570 milhões em tokens do tipo BNB. Segundo a Comparitech, devido a uma rápida ação da companhia, os ativos foram congelados e o prejuízo foi de “apenas” US$ 110 milhões.
4) Coincheck: US$ 532 milhões
Em janeiro de 2018, a Coincheck, empresa sediada no Japão, teve seus tokens NEM (XEM) roubados no montante de mais de US$ 530 milhões.
Os hackers exploraram o fato de que a moeda estava sendo mantida em uma carteira “quente”, o que significa que estava conectada ao servidor e efetivamente “online” (uma carteira fria tem os fundos armazenados de forma offline).
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Após o ataque, os tokens perderam muito no preço. Hoje eles valem 83% menos do que na época do ataque – cerca de US $ 90 milhões.
5) MT Gox: US$ 470 milhões
O assalto ao MT Gox ocorreu de 2011 até fevereiro de 2014. Durante o período, os hackers roubaram 100 mil bitcoins da empresa e 750 mil bitcoins dos clientes. Na época, esses bitcoins somavam US$ 470 milhões, mas hoje valeriam cerca de dez vezes mais (US$ 4,7 bilhões). O MT Gox entrou em liquidação logo após o crime com os liquidatários recuperando aproximadamente 200 mil do bitcoins roubados.
6) FTX: US$ 415 mihões
A corretora de criptomoedas FTX divulgou um relatório na última terça-feira (18) dizendo que cerca de US$ 415 milhões em moedas digitais foram roubados da companhia em ataques aos seus sistemas. O relatório da Comparitech fala em um roubo de US$ 477 milhões.
7) Wormhole: US$ 326 milhões
O golpe na Wormhole foi o primeiro grande roubo de 2022. A plataforma atua como uma ponte de comunicação entre a Solana e outras redes financeiras descentralizadas. Em 2 de fevereiro de 2022, os hackers conseguiram explorar uma vulnerabilidade na rede, fazendo com que o Wormhole fechasse sua plataforma enquanto investigava. Mais tarde, foi reportado um roubo de 120 wrapper Ethereum.
8) KuCoin: US$ 281 milhões
Em setembro de 2020, a KuCoin confirmou que hackers conseguiram obter chaves privadas para suas carteiras quentes para sacar grandes quantidades de ethereum (ETH) e bitcoin (BTC), bem como bitcoin SV (BSV), litecoin ( LTC), XRP (XRP), Lumens Estelares (XLM), tron (TRX) e tether (USDT).
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9) PancakeBunny: US$ 200 milhões
Em maio de 2021, um empréstimo de criptomoedas permitiu que um hacker roubasse US$ 200 milhões da plataforma Pancake Bunny.
O hacker tomou alguns ativos por meio do serviço de empréstimo de criptomoedas e, ao descobrir uma falha no sistema, manipulou o preço dos tokens.
10) Bitmart: US$ 196 milhões
Foi identificado, inicialmente, um roubo de US$ 100 milhões na blockchain Ethereum, mas uma investigação mais aprofundada revelou que outros US$ 96 milhões foram roubados na rede. Uma mistura de mais de 20 tokens foi roubada, incluindo altcoins como BSC-USD, Binance Coin (BNB), BNBBPay (BPay) e Safemoon e grandes quantidades de Moonshot, Floki e BabyDoge.