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- O principal índice da B3 caiu nesta terça-feira (27) sob o impacto negativo do cenário externo, com receios sobre o aumento de casos de Covid-19
- As três ações que mais perderam no dia foram Embraer (EMBR3), Santander (SANB11) e B3 (B3SA3)
A política em Brasília voltou ao radar do mercado nesta terça-feira, ainda negativa no exterior com a incerteza em torno do desenlace da eleição nos EUA, na próxima semana, e sobre as consequências da segunda onda de Covid-19 na Europa. Em resposta, o Ibovespa hoje fechou aos 99.605,54 pontos, em queda de 1,40%, a terceira perda consecutiva. O giro financeiro totalizou R$ 24,2 bilhões.
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Foi também o pior nível de fechamento desde o dia 19, tendo sustentado o patamar de seis dígitos no encerramento desde 20 de outubro, nas cinco sessões. A partir de amanhã, a atenção do mercado doméstico tende a se dividir entre as incertezas externas e os sinais do BC ao final da reunião do Copom.
Após intervalo tranquilo na frente política, especialmente desde a reaproximação entre Maia e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara criticou hoje a obstrução de sessão pela base aliada. “Se o governo não tem interesse nas medidas provisórias, eu não tenho o que fazer. Eu pauto, a base obstrui, eu cancelo a sessão. Infelizmente, é assim”, afirmou o deputado, convocando nova sessão para 3 de novembro.
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“As declarações do Maia mostram que as coisas, na política, não estão tão joinhas como se chegou a fazer crer – assim, o político é algo que volta ao preço, bem como nos EUA, com a falta de avanço no pacote fiscal”, diz Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset. “Na política americana, há tantos fatores de incerteza imediata, não só sobre quem vencerá a eleição, como também sobre a composição da Câmara e do Senado, e uma Suprema Corte com mais uma integrante conservadora, em vitória de última hora de Trump.”
As três ações que registraram as maiores quedas do Ibovespa foram Embraer (EMBR3), Santander (SANB11) e B3 (B3SA3).
Confira o que afetou o desempenho desses três papéis:
Embraer (EMBR3): -6,25%
Com desvalorização de 6,25%, as ações da empresa encerraram o pregão com o pior desempenho do dia, cotadas a R$ 6,45. O papel foi prejudicado na sessão pelo viés negativo no exterior e sem novidades positivas da companhia internamente.
“Temos uma empresa carregada de incertezas com dificuldades operacionais grandes em um momento em que a economia está patinando. Vemos que a fabricante de aviões tenta achar alternativas para continuar viável, mas não tem apresentado um saída consistente”, disse Daniel Herrera, analista da Toro Investimentos, ao Broadcast.
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No mês, as ações da empresa têm valorização de 3,37% e no ano acumula desvalorização de 67,31%. Segundo Herrera, a empresa ainda está em uma posição bastante delicada desde o fim do acordo com a Boeing.
Santander (SANB11): -4,73%
Com baixa de 4,73%, as ações da empresa tiveram o segundo pior desempenho do dia e encerraram o pregão cotadas a R$ 33,27. O papel do banco caiu em uma sessão de realização de lucros após a divulgação do balanço do 3T20. O lucro líquido gerencial foi de R$ 3,9 bilhões no período, 35% acima do esperado, enquanto o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE, na sigla em inglês) voltou para a casa dos 20%.
Além disso, a redução das provisões contra a inadimplência teve recepção mista no mercado, o que impulsionou a queda do Santander.
No mês, as ações da empresa têm valorização de 18,99% e no ano desvalorização de 28,99%.
B3 (B3SA3): -4,06%
As ações da própria B3 fecham a trinca de maiores recuos do dia, com perda de 4,06% no pregão, sem fatos relevantes que possam ter contribuído para o desempenho. O papel fechou o pregão cotado a R$ 52,65.
No mês, as ações da empresa têm desvalorização de 4,11% e no ano valorização de 27,63%.
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*Com Estadão Conteúdo