- Considerando a reabetura das fronteiras, o E-Investidor separou dicas para quem deseja investir para estudar no exterior
- Primeiramente, é necessário avaliar qual o país desejado e a relação da moeda estrangeira com o real, o que pode fazer toda a diferença na hora do planejamento
- Segundo especialista, parte da alocação deve ser atrelada à inflação, outra fatia deve ser prefixada, enquanto outra porcentagem deve ter liquidez diária
Com as fronteiras reabrindo e o fim da necessidade de quarentena ao entrar em alguns países, é possível retomar os planos de viajar para o exterior. Seja para turismo ou até mesmo para um intercâmbio. Pensando nisso, o E-Investidor separou algumas dicas para quem deseja economizar e investir para estudar em terras estrangeiras.
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Primeiramente, é necessário avaliar qual o país desejado e a relação da moeda estrangeira com o real, o que pode fazer toda a diferença na hora do planejamento. Além disso, a duração do curso desejado é essencial para colocar no papel o total necessário para realizar a viagem.
Assim como o valor direcionado aos estudos, o orçamento para a cobertura dos custos com o curso, visto, bagagem e imprevistos vai indicar o total de rendimento que os recursos devem apresentar.
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Com experiência profissional em corretora de câmbio, a planejadora financeira e sócia da Renova Invest, Nayara Boer, explica que os números podem parecer estratosféricos, especialmente após a conversão de moeda. Entretanto, com planejamento e disciplina financeira é possível atingir o sonho de estudar no exterior para ter a experiência internacional e alavancar o currículo no mercado de trabalho.
Para orientar o investimento, Boer considerou o custo de um curso de MBA com duração de dois anos com valor total de C$ 30.924, considerando o valor do dólar canadense equivalente a R$ 5. Ou seja, nesse cenário, seria ideal o alvo de R$ 200 mil. Para isso, calcula-se que o tempo médio de planejamento seja de dois anos.
Com essa simulação, ela sugere a aplicação mensal de R$ 8 mil. Entretanto, o cálculo deve ser feito a partir de cada necessidade. “Para avaliar quanto é necessário aplicar por mês para ter um valor X em um período Y de tempo, existem simuladores de fácil acesso na internet ou com profissionais. Em geral, calculamos um rendimento de 0,60%”, afirma.
“É essencial pesquisar. Podemos fazer um panorama geral, mas vale ressaltar que cada pessoa pode ter seu próprio perfil e metas desejadas. O contato com diferentes agências de intercâmbio pode ser o segredo para encontrar as melhores oportunidades”, destaca.
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Para a planejadora, o investimento deve ser feito em renda fixa, para não correr o risco de perder. A divisão ideal dos ativos, segundo ela, é a aplicação de 50% em opções atreladas à inflação, como CDB, LCA, LCI e Tesouro IPCA, desde que a liquidez não seja maior que dois anos. Outros 20% devem ser alocados em ativos prefixados.
Por fim, os últimos 30% devem ser investidos em renda fixa pós-fixada com liquidez diária, para ser utilizada em gastos com visto, passagem, mala e outros imprevistos.
Vale a pena comprar dólar antes da viagem?
Segundo Boer, por conta da diferença de cotação, uma estratégia é comprar dólares ou euros em pequenas quantidades com determinada frequência, evitando que a aquisição da moeda ocorra completamente durante uma valorização.
Devo investir em ativos do exterior?
“Se você tiver uma reserva maior, pode colocar em algo de mais risco, como um fundo multimercado ou no S&P 500. Entretanto, isso deve ser levado em consideração apenas para gastos extras”, alerta. Para a sócia da Renova Invest, a aplicação em renda variável pode ser bastante arriscada quando existe uma meta a ser alcançada. Por isso, os valores alocados nessa classe devem ser considerados como uma reserva extra e não para pagar custos essenciais, como matrícula, mensalidade ou hospedagem.
O que levar em consideração na hora de planejar um intercâmbio no exterior:
- Ter foco no objetivo
- Fazer o orçamento
- Saber onde vai investir
- Ter liquidez para gastos durante o processo
- Não tomar decisões arriscadas