- Você já assinou alguma plataforma de streaming ou outro tipo de serviço por assinatura e quando se deu conta, o que você pensou que seria barato, acabou sendo uma bolada no fim do mês? Bom, saiba que você não é o único a cair nessa armadilha de entretenimento;
- Especialistas alertam sobre os riscos financeiros ao assinar simultaneamente várias plataformas, além de dar dicas sobre como alocar de forma inteligente aquele dinheiro que está sendo gasto impulsivamente;
- Embora o custo individual de cada serviço possa parecer inofensivo, a soma total dessas assinaturas pode acabar assustando no fim do mês e até mesmo comprometer a sua renda.
Você já assinou alguma plataforma de streaming ou outro tipo de serviço por assinatura e quando se deu conta, o que pensou que seria barato acabou somando uma bolada no fim do mês? Bom, saiba que você não é o único a cair nessa armadilha do entretenimento. Afinal, atualmente existem diversas plataformas que oferecem um universo de produções ao alcance dos dedos, como Netflix, Max (antiga HBO Max), Globoplay, Prime Video, Disney+, Star+, Paramount+, Apple TV+, entre outros.
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Neste exato momento, você pode estar se perguntando: por acaso, há algum mal em me divertir assistindo a filmes e séries? De maneira alguma, mas a questão é: você realmente está consumindo todos os serviços que assina?
Especialistas alertam sobre os riscos financeiros ao assinar simultaneamente várias plataformas, além de dar dicas sobre como alocar de forma inteligente aquele dinheiro que está sendo gasto impulsivamente.
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De acordo com a planejadora financeira Fernanda Luz, grande parte destes serviços oferecem períodos de testes para novos assinantes experimentarem de forma gratuita a plataforma, o que leva os consumidores esquecerem de cancelar a assinatura após este período e acabam assumindo mais um custo mensal. “Por ser um processo simples e rápido, efetuar assinatura de streamings acaba não exigindo uma grande decisão financeira e isto leva os usuários a se inscrevem em muitos serviços sem pensar muito sobre”, diz Luz.
A planejadora financeira Stephane Almeida ainda levanta a questão sobre a ansiedade de querer assinar todos os streamings. “Somos bombardeados de estímulos todos os dias, principalmente nas redes sociais. Isso está associado ao ‘FOMO’, o termo utilizado para expressar o sentimento de medo de perder algo ou alguma oportunidade. Efeito manada, em que todos fazem algo porque está na moda, e o contexto atual do consumidor, são grandes aliados para decisões automáticas, como assinar streamings apenas para ter acesso”, explica Almeida.
Streamings e a ameaça ao orçamento
Embora o custo individual de cada serviço possa parecer inofensivo, a soma total das assinaturas pode acabar assustando no fim do mês e até mesmo comprometer a sua renda. “As assinaturas são despesas fixas, ou seja, estão lá todos os meses. Quando nosso custo fixo mensal se torna alto, precisamos tomar cuidado para não comprometer toda renda nisso”, diz Almeida.
A Biomédica Bruna Marques, por exemplo, conta que, atualmente sua família assina Netflix, Star+, Disney+, Prime Video e Max. “Eu fui assinando cada um para ver algo específico e também pela praticidade de conseguir acessar aquilo que alguém recomendou”, diz.
No entanto, Marques afirma que não acha que vale a pena ter todos. “No meu caso, eu sempre fico com preguiça de ficar procurando e acabo sempre entrando em no máximo um ou dois streamings para procurar os catálogos mais a fundo. Particularmente tem uns que eu entro literalmente uma vez ao ano, quando lança uma temporada de uma série que eu assisto”.
Nos últimos anos, o consumo de todo tipo de conteúdo multimídia se disseminou por meio das plataformas de streaming e serviços de assinatura, aponta o relatório da Elo sobre Hábitos de Consumo, de 2023. Em comparação com a versão de 2022, o número de transações efetuadas com cartões da marca no pagamento de serviços de TV, streaming e outros serviços por assinatura cresceu 77%, acompanhado de um aumento de 70% no valor médio por transação. Como resultado, o valor gasto com essa categoria cresceu de forma excepcional no período, +201%.
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Uma das explicações para a expansão desses gastos está na variedade de conteúdos disponíveis em cada plataforma, “obrigando” os consumidores a contratar múltiplos serviços ao mesmo tempo. Além disso, as políticas que dificultam o compartilhamento de assinaturas podem ter colaborado para aumentar o gasto médio por transação.
A Netflix, por exemplo, bloqueou o compartilhamento de senhas em maio do ano passado. Já o CEO da Disney, Bob Iger, revelou neste mês, em entrevista para a emissora CNBC, que o bloqueio de compartilhamento de senhas do Disney+ deve começar em junho deste ano em alguns países. Ainda não há data definida para o Brasil.
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Quando as assinaturas de streaming não são monitoradas, especialmente quando o consumidor se inscreve em diversos serviços, elas podem rapidamente consumir uma parte significativa do orçamento pessoal e até levar ao endividamento, aponta Luz. A profissional explica que muitos usuários optam por pagar esses serviços usando cartões de crédito, o que pode resultar em complicações se não houver um controle dos gastos.
“Faturas não monitoradas, renovações automáticas e o aumento gradual dos custos podem contribuir para surpresas desagradáveis nas faturas do cartão de crédito, levando ao acúmulo de juros sobre o saldo não pago, o que agrava ainda mais a situação financeira”, diz Luz.
Como economizar nos serviços de assinatura?
“Para economizar nos serviços de streaming, é necessário ter um controle dos gastos e estabelecer um limite mensal para despesas com assinatura. Além disso, é importante avaliar quais serviços realmente agregam valor para você e sua família, cancelando aqueles que não estão sendo utilizados com frequência”, recomenda Luz. A profissional acredita que dar prioridade a assinaturas alinhadas com seus interesses e hobbies funciona como um excelente ponto de partida, pois garante que você está investindo em conteúdo que realmente valoriza e de fato irá consumir.
A planejadora financeira Lai Santiago afirma que é muito importante que cada usuário e família entenda de fato o que é prioridade dentro do próprio orçamento e o que cabe na sua realidade financeira. “Muitas vezes tomamos decisões baseadas naquilo que as pessoas à minha volta estão consumindo e não olhamos para a possibilidade de que a realidade delas pode ser muito distante da minha”, diz Santiago.
O valor que poderia ter sido investido
Atualmente, a somatória das assinaturas das principais plataformas de streaming – Netflix, Max, Globoplay, Prime Video, Disney+, Star+, Paramount+ e Apple TV+ – fica em torno de R$ 160 por mês. Será que é possível investir com esse valor?
Para iniciantes no campo dos investimentos, uma excelente opção, segundo Luz, é o Tesouro Direto, programa do governo federal que permite investir em títulos públicos. É uma escolha popular devido à acessibilidade e ao baixo risco. “Com apenas R$ 160, já é possível iniciar seus investimentos, pois há títulos disponíveis a partir de R$ 30. O Tesouro Selic é um dos destaques, indicado para reserva de emergência e objetivos de curto prazo, pois acompanha a taxa básica de juros”, diz Luz.
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Agora, para investidores com um pouco mais de experiência, Luz afirma que existem opções a partir de R$ 160, como os ETFs (fundo negociado em bolsa que busca retorno semelhante a um índice de referência) e fundos de investimento. Os ETFs são uma forma eficiente de diversificar seus investimentos em renda variável, enquanto os fundos oferecem acesso a gestores profissionais e estratégias diferenciadas.
Já Santiago afirma que, caso o consumidor não tenha familiaridade com o mercado financeiro, é possível encontrar soluções de até R$ 160 dentro do ambiente do próprio banco do cliente. “É muito comum que você consiga fazer aplicações em uma conta remunerada, que consiste basicamente em uma conta corrente com rentabilidade diária, nos Certificados de Depósito Bancário (CDBs) de liquidez diária também dos bancos. O CDB é como se fosse uma poupança que rende mais, digamos assim, então você consegue fazer as aplicações com segurança e tranquilidade e ter o resgate de maneira ágil quando solicitar”.
Santiago também fala sobre as aplicações nos fundos automáticos, em que todo valor que fica na conta corrente automaticamente vai ser direcionado para essas aplicações.
Preços das principais plataformas de streaming
Netflix
Pacote mais em conta: R$ 18,90 por mês.
(Não possui plano anual).
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Max
Pacote mais em conta: R$ 18,90 por mês no plano anual.
Globoplay
Pacote mais em conta: R$ 17,90 por mês no plano anual.
Prime Video
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Pacote mais em conta: R$ 13,90 por mês no plano anual.
Disney+
Pacote mais em conta: R$ 279,90 à vista no plano anual, cerca de R$ 23 por mês.
Star+
Pacote mais em conta: R$ 329,90 à vista no plano anual, cerca de R$ 27 por mês.
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Disney+ e Star+
Pacote mais em conta: o combo sai R$ 55,90 por mês.
Paramount+
Pacote mais em conta: R$ 133,90 à vista no plano anual, cerca de R$ 11,16 por mês.
Observação: a plataforma funciona apenas por celular.
Apple TV+
Pacote mais em conta: R$ 21,90 por mês.
(Não possui plano anual).