Bolsa de valores: o que você precisa saber para começar a investir

O que são ações?

As ações da Petrobras são uma das principais negociadas na B3, bolsa de valores brasileira. (Foto: Shutterstock/Brenda Rocha – Blossom/Reprodução)

Uma ação representa uma fração de uma empresa negociada na bolsa de valores. As companhias costumam realizar a abertura inicial de ações (IPO) para levantar recursos ao seu crescimento. Conhecida também como papéis, pois eram impressas para provar a sua titularidade antes das inovações digitais, esse tipo de investimento é uma aplicação de alto risco.

A compra e a venda de ações de uma companhia aberta têm como objetivo, geralmente, obter ganhos financeiros a partir da distribuição de lucro da empresa, também conhecida como dividendos, ou por meio da venda dos ativos após a sua valorização.

Conheça os principais tipos de ações a seguir.

Ações ordinárias (ON): esse tipo de papel dá direito a participar das decisões da empresa, com voto na assembleia de acionistas.
Ações preferenciais (PN): essas ações não dão direito ao voto, mas têm a preferência na distribuição de recursos da empresa, como dividendos.
Certificado de depósito de ações (Unit): é um pacote de ativos que reúne mais de um tipo de ação, como ordinárias e preferenciais.
Blue chips: são ações de empresas com o maior volume de negócio da bolsa de valores, como Vale e Petrobras.
Mid caps: ativos que têm um nível intermediário de negociação na bolsa, geralmente de organizações de médio porte.
Small caps: ações mais baratas, de empresas menores, que podem representar grandes oportunidades de rendimento, mas que também oferecem grande risco.

O que é a B3?

A bolsa de valores é a entidade que registra a compra e venda de todos os ativos, ações e valores mobiliários, tendo como responsabilidade fiscalizar e garantir o funcionamento das regras de negociação a fim de manter o ambiente seguro e eficaz para as negociações.

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Cada mercado tem a própria instituição, e podem existir mais de uma bolsa por País. O Brasil chegou a ter diversas bolsas de valores, mas atualmente todo o mercado está concentrado na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).

A instituição surgiu depois da fusão entre a Bolsa de Mercado & Futuros (BM&F), da Bolsa de Valores São Paulo (Bovespa), fundada em 1890, e da Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP).

Como operar na bolsa de valores?

Pesssoa segura o tablet com ações — A compra e a venda de ações são realizadas por meio de home broker, um sistema que pode ser acessado a partir de celulares, tablets e computadores. (Foto: Shutterstock/sitthiphong/Reprodução)

O primeiro passo para investir em ações é ter uma conta em uma corretora de valores, que realizará a intermediação entre o investidor e a bolsa de valores. Após depositar recursos financeiros na conta da corretora, o investidor poderá começar a operar na bolsa, registrando ordens de compra e venda de ativos no home broker, um sistema conectado com o mercado de ações. Quando uma proposta de compra tem o mesmo preço de uma ordem de venda, o negócio é realizado.

Taxas e impostos

As corretoras podem cobrar taxas de corretagem para realizar as operações na bolsa de valores, mas muitas empresas não realizam essa cobrança. Ao comprar e vender ações, os investidores devem arcar com emolumentos, cobrança fixa a cada negociação e uma taxa de liquidação da operação. A B3 também cobra uma taxa de custódia para a guarda dos ativos.

Nos meses em que o total de ações negociadas ficar abaixo de R$ 20 mil, o investidor é isento do imposto de renda. Para movimentações acima desse valor e também realizadas em um mesmo dia, o imposto de renda deve ser pago com a alíquota fixa de 15% sobre o lucro obtido após a venda dos ativos.

Quais são as principais estratégias de investimento?

Existe uma série de estratégias diferentes para operar na bolsa de valores. O investidor deve escolher a forma de operar mais adequada ao seu perfil investidor, os objetivos, o prazo do investimento e também analisar as condições do mercado no momento das operações.

As estratégias mais comuns são as descritas a seguir.

Day trade: operação de compra e venda de uma ação em curtíssimo prazo. As negociações são realizadas em um mesmo dia, e o investidor deve pagar imposto de renda sobre a operação, independente do valor negociado.
Curto prazo: investimento realizado durante dias, semanas, meses ou até em um ano, que exigem o acompanhamento constante do mercado para encontrar oportunidades de ganho em um período curto.
Longo prazo: compra de ações de empresas sólidas com a finalidade de obter lucro em um horizonte de tempo mais longo. Não há a necessidade de acompanhamento cotidiano do mercado, mas o investidor não deve precisar do recurso aplicado.
Dividendos: algumas empresas distribuem periodicamente um volume considerável de recursos, fruto do lucro de sua atuação. Com isso, os dividendos recebidos podem servir como uma renda recorrente do investidor ou podem ser reaplicados na compra de mais ações.
Long short: é possível obter lucro com operações na bolsa de valores, mesmo quando o mercado está em baixa. A operação de long short é um tipo de aluguel de ações em que o investidor pretende vender os ativos em sua posse para recomprá-las posteriormente por um valor mais baixo, lucrando com a diferença.

Fonte: B3.

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