Condomínio lançado pela Moura Dubeux. Foto: Divulgação/Moura Dubeux
Das 23 companhias que abriram seu capital na B3 em 2020, até o final de novembro, a Moura Dubeux (MDNE3) é a ação com a pior performance, com queda de 39,68%, a R$ 11,16 – até o fechamento do mercado desta segunda-feira (14). Porém, o Credit Suisse e o Itaú BBA divulgaram, recentemente, relatórios sobre a empresa e projetam forte valorização para o ativo.
Os dois bancos têm recomendação “outperform” (desempenho acima da média do mercado). O suíço estipulou o preço-alvo de R$ 15 para o papel, e o brasileiro de R$ 18. Com base no fim da sessão desta segunda, o potencial de alta do MDNE3 é de 34,41% e 61,29%, respectivamente.
Para o CS, a visão positiva é sustentada pelos números reportados no 3T20 e por enxergar um forte ciclo de lançamentos na região Nordeste do País para empresas de engenharia.
“A Moura Dubeux deve seguir com seu plano de expansão pós-IPO, e esperamos que os lançamentos alcancem R$ 1,4 bilhão em 2021 e R$ 1,5 bi em 2022”, afirmam Daniel Gasparete e Pedro Hajnal, analistas do Credit Suisse.
O BBA também cita estes pontos como destaque e ressalta que a recuperação está sendo mais acelerada do que o esperado, o que deve contribuir para bons números da empresa no 4T20. A companhia anunciou recentemente que irá entregar seis novos empreendimentos até o fim do período, com um VGV (Valor Geral de Vendas) potencial de R$ 494 milhões.
“Os lançamentos devem chegar à marca de R$ 1,5 bilhão em 2021 se a companhia conseguir manter o mesmo ritmo”, dizem Alex Ferraz, Enrico Trotta, Gabriela Moraes, André Dibe e Pablo Ordóñez, analistas do Itaú BBA.
No fechamento desta segunda-feira (14), a Moura Dubeux (MDNE3) apresentou baixa de 0,80%, cotada a R$ 11,16 – o Ibovespa encerrou o pregão em queda de 0,45%, aos 114.611,12 pontos. As ações têm valorização de 11,71% em dezembro e desvalorização de 39,68% desde seu IPO, no dia 2 de fevereiro.