• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Mercado

Estagflação: por que elevar a Selic não vai resolver o problema

Alberto Ajzental, professor de economia, vê ‘pior cenário’ se desenhando. Analistas discutem conjuntura

Por Jenne Andrade

20/09/2021 | 3:00 Atualização: 28/10/2022 | 10:57

Quando a estagflação acontece, fique certo de que a economia passará por grandes problemas. Foto: Envato Elements
Quando a estagflação acontece, fique certo de que a economia passará por grandes problemas. Foto: Envato Elements

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reuniu mais uma vez, deixando no ar a expectativa no aumento de pelo menos 1 ponto percentual para a taxa Selic.

Leia mais:
  • Inflação sobe e título IPCA+ dá 20% de prejuízo: o que aconteceu?
  • Guedes apela a “boa vontade” do STF por solução para precatórios
  • Embate político traz inseguranças econômicas
Imagem de background da newsletter Imagem de background da newsletter no mobile
News E-Investidor

Assine a nossa newsletters e receba notícias sobre economia, negócios e finanças direto em seu e-mail

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Com a inflação se mostrando mais persistente do que o esperado, o Banco Central já sinalizou que pode subir os juros para um patamar acima do neutro, ou seja, para um nível em que os preços serão pressionados para baixo ao custo de contrair a economia.

Entretanto, os esforços do BC podem ser insuficientes caso o País caminhe para o pior dos cenários: uma situação de estagflação.

O que é estagflação?

Estagflação é a junção de dois monstros econômicos, a estagnação e a inflação, e acontece quando mesmo com a economia parada, os preços não param de subir.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Para Alberto Ajzental, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), essa conjuntura negativa se torna, a cada dia, mais factível.

O especialista explica que a alta dos juros não age sobre os principais fatores que estão levando à alta generalizada dos preços no Brasil.

“A inflação interna subiu porque as commodities subiram em dólar e porque o País é uma bagunça. Em nenhuma dessas duas situações subir a Selic vai resolver. Subir os juros não vai fazer o barril de petróleo cair lá fora e não vai fazer o dólar cair tanto (perante o real)”, explica.

Ajzental afirma que a inflação vista por aqui não é de demanda, em que faria sentido subir a Selic e fazer política monetária tradicional.

Publicidade

Com milhões de desempregados, a alta de preços estaria alimentada principalmente pela alta das commodities no exterior e o total descrédito do País perante o mundo.

De acordo com o docente da FGV, a pandemia provocou uma quebra das cadeias produtivas, diminuindo os estoques de commodities no mundo.

Quando as reaberturas econômicas começaram, os países voltaram a consumir – o que fez explodir, em dólar, principalmente os preços do petróleo, metais e proteínas.

Paralelamente, o Brasil mergulhou em suas próprias crises institucionais, que afastaram os estrangeiros.

Publicidade

Por mais que os preços desses insumos já não estejam em suas máximas, essa trajetória de normalização deverá ser longa. “Então ficou caro para nós e, pior, diante da desorganização política, as nossas instituições estão desacreditadas. De forma geral, tem pouco investimento, está todo mundo querendo ver o que vai acontecer. E se não tem investimento, não entra dinheiro de fora, e o dólar sobe”, afirma Ajzental.

Investidores, olhem para o céu

Os riscos de estagflação aumentam, também, conforme avançam as preocupações com a crise hídrica. A falta de chuvas resulta diretamente em um aumento da energia elétrica, cenário já visto algumas vezes em tempos recentes.

“Quando sobe um item específico, fica mais fácil de controlar”, afirma Ajzental. “Mas quando sobe energia elétrica por questão climática e o petróleo, porque o mercado lá fora está alto e a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) não está produzindo mais, a inflação está simplesmente em tudo que se faz. A energia está em tudo, o petróleo está em tudo.”

Para João Beck, economista e sócio da BRA, a crise hídrica atualmente é o único motor capaz de gerar um cenário de estagflação.

“A ideia de subir a taxa de juros é justamente colocar a inflação de volta no eixo, porque conforme a Selic vai subindo, a economia vai desacelerando”, explica. “Tem poucos tipos de inflação que não voltam, que não adianta subir taxa de juros, e um deles é em uma crise hídrica. Esse tipo de crise contribui não só para desacelerar o crescimento, mas para gerar inflação.”

Publicidade

Em uma situação de crise hídrica, muitas indústrias param ou diminuem fortemente seu ritmo de produção e a energia fica mais cara, como já está acontecendo.

“Não dá para dizer ainda qual efeito será maior, mas há a possibilidade de estagflação se a crise hídrica piorar. Todos os outros problemas que o Brasil tem atualmente (fiscal e político) podem gerar inflação, mas são coisas que o aumento da taxa de juros pode consertar”, afirma Beck. “Existe o risco, tem que ficar no radar, e o que o investidor tem que monitorar é muito simples: as chuvas.”

Estagflação e os países emergentes

Segundo Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, a estagflação é algo característico de países emergentes, como o Brasil.

A falta de confiança das empresas no crescimento econômico faz com que essas companhias diminuam suas capacidades produtivas e até aumentem a margem em cima de cada produto – mas sem aumentar a quantidade ofertada. Porém, isso ainda não seria uma ameaça latente.

“Esse é um dos piores cenários que podemos ter, mas não vejo esse risco agora. Quando olhamos indicadores de serviços, comércio e indústrias, temos crescimento mês após mês”, explica Franchini.

Publicidade

“O problema é que se continuarmos não demostrando uma imagem melhor (de País), uma melhora para o ambiente de negócios e controle de gastos, ano que vem poderemos ter um viés (político) mais populista, o que resulta em uma menor confiança do setor produtivo e estagnação de contratações.”

Impactos na Bolsa

Como um reflexo da economia real, a Bolsa de Valores é impactada tanto pela crise hídrica quanto por um eventual período de estagflação. Fora os efeitos específicos no setor de energia decorridos da escassez de chuvas, todas as empresas são afetadas negativamente pela estagnação econômica.

“Diminuindo a produção, os contratos e os investimentos, as companhias vão vender menos. Quando olharmos os resultados trimestrais (em um cenário de estagflação), não vão ser melhores que nos períodos anteriores, vão ser iguais ou piores. E não se tem perspectivas de crescimento, porque os juros estarão altos, as empresas não vão querer tomar crédito”, afirma Franchini. “Os lucros trimestrais vão cair e a Bolsa valerá menos. O potencial do Ibovespa cai e ficaremos rodando em cima de uma economia estagnada.”

Apesar de não ter como fugir da estagnação econômica, a Bolsa de Valores é um bom meio para se proteger contra a inflação. De acordo com Beck, empresas grandes e com capacidade de repassar os preços são defensivas nessas situações. Petrobras e Vale, assim como as companhias públicas de serviços essenciais, como de saneamento e concessões rodoviárias, são algumas delas.

“A Bolsa é, sim, uma proteção contra a inflação”, afirma Beck. “Se você pegar um gráfico da Bolsa da Venezuela ou da Argentina, países que sofreram eventos recentes de inflação, você vai ver que elas aparentemente não param de ‘subir’, mas na verdade não é ganho real, são as Bolsas sendo corrigidas pela inflação.”

Banco Central versus Caixa Econômica

O presidente de Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou que iria diminuir os juros da linha de crédito imobiliário atrelado à poupança. A decisão viria na contramão do movimento feito pelo Banco Central desde o início do ano, de subir os juros e, consequentemente, desaquecer a economia.

Publicidade

“A Caixa vai reduzir os juros. Não tá aumentando a Selic? Então, a Caixa Econômica Federal, com um lucro que nunca teve, sem roubar, vai diminuir os juros da casa própria”, afirmou Guimarães.

Nas redes sociais, surgiu a dúvida sobre os movimentos contrastantes. Afinal, a medida da Caixa poderia forçar o BC a subir ainda mais o patamar da Selic? Para Ajzental e Franchini, apesar de na contramão do objetivo da autoridade monetária, a expansão de crédito não deve dar mais ‘dor de cabeça’ e afetar o ciclo de alta dos juros.

“Eles estão dizendo que vão queimar a parte de lucro e o presidente menciona a melhora dos resultados e em função disso, vai reduzir a taxa de financiamento. Eu nunca vi um negócio desses, meio esquisito, mas não é ruim (a atitude da Caixa), não vejo impactando a Selic”, explica Ajzental. “Existem 14 milhões de pessoas desempregadas, quem levantou o PIB foi o mercado imobiliário e a construção de forma geral. Se eles querem, através da Caixa, fomentar construção, não é ruim.”

Para Franchini, os efeitos da expansão de crédito pela Caixa também são limitados. “É na mão contrária que os bancos irão fazer. A Caixa sai na vanguarda nesse sentido”,  afirma o especialista da Monte Bravo. “Obviamente joga uma pressão no mercado financeiro brasileiro, mas não vejo impacto na Selic. É apenas uma linha de crédito, todas as outras continuarão mais caras (por conta da alta dos juros)”.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Banco Central
  • Bolsa de valores
  • Conteúdo E-Investidor
  • Copom
  • Inflação
  • Taxa Selic
Cotações
18/09/2025 8h59 (delay 15min)
Câmbio
18/09/2025 8h59 (delay 15min)

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Imposto de Renda 2025: a partir de qual valor é preciso declarar?

  • 2

    Golpe do “Pix errado”: veja como funciona e como não ser enganado

  • 3

    “Taxação do sol” em vigor: vale a pena instalar painéis solares?

  • 4

    Eleições 2024: qual é o valor da multa para quem não votar, nem justificar?

  • 5

    Como funciona o saque-aniversário do FGTS?

Publicidade

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Quanto custa construir uma casa de 100m² em 2025?
Logo E-Investidor
Quanto custa construir uma casa de 100m² em 2025?
Imagem principal sobre o Como investir com sabedoria: as principais dicas de Buffett em 2025
Logo E-Investidor
Como investir com sabedoria: as principais dicas de Buffett em 2025
Imagem principal sobre o Por que a classe média não enriquece? Veja os deslizes mais comuns com o dinheiro
Logo E-Investidor
Por que a classe média não enriquece? Veja os deslizes mais comuns com o dinheiro
Imagem principal sobre o Dívidas podem impedir o acesso à aposentadoria? Entenda o que diz a lei
Logo E-Investidor
Dívidas podem impedir o acesso à aposentadoria? Entenda o que diz a lei
Imagem principal sobre o Quanto custa comer na melhor pizzaria do mundo em 2025?
Logo E-Investidor
Quanto custa comer na melhor pizzaria do mundo em 2025?
Imagem principal sobre o Quer juntar R$ 100 mil em 1 ano? Veja quanto guardar por mês para alcançar a meta
Logo E-Investidor
Quer juntar R$ 100 mil em 1 ano? Veja quanto guardar por mês para alcançar a meta
Imagem principal sobre o Idosos podem renovar a CNH de graça? Este estado garante o benefício
Logo E-Investidor
Idosos podem renovar a CNH de graça? Este estado garante o benefício
Imagem principal sobre o Usucapião de 5 anos: entenda quem pode se tornar dono legal do imóvel
Logo E-Investidor
Usucapião de 5 anos: entenda quem pode se tornar dono legal do imóvel
Últimas: Mercado
Bolsas da Ásia fecham sem direção única, após Fed e à espera do BoJ
Mercado
Bolsas da Ásia fecham sem direção única, após Fed e à espera do BoJ

Investidores digerem corte de juros nos EUA e aguardam decisão do Banco do Japão

18/09/2025 | 06h22 | Por Estadão Conteúdo
BTG vê dólar a R$ 4,60 como novo piso para moeda; veja projeções
Mercado
BTG vê dólar a R$ 4,60 como novo piso para moeda; veja projeções

Analistas calculam novo valor com base em análise gráfica com projeção para o médio prazo

17/09/2025 | 22h16 | Por Bruno Andrade
Ibovespa hoje: Magazine Luiza (MGLU3) salta 5% e já sobe 38% no mês; C&A (CEAB3) lidera perdas
Mercado
Ibovespa hoje: Magazine Luiza (MGLU3) salta 5% e já sobe 38% no mês; C&A (CEAB3) lidera perdas

Mercado acompanhou decisão de juros nos Estados Unidos; mais tarde, Copom decide futuro da Selic

17/09/2025 | 18h07 | Por Beatriz Rocha
O que está por trás da disparada de 11% da JHSF (JHSF3)
Mercado
O que está por trás da disparada de 11% da JHSF (JHSF3)

Em linhas gerais, a empresa pretende captar essa quantia de R$ 4,6 bilhões por meio dessa modalidade para ter uma estrutura de capital dinâmica

17/09/2025 | 12h16 | Por Bruno Andrade

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

Logo do 'News E-Investidor'

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão e com os Termos de Uso.

Obrigado por se inscrever! A partir de agora você receberáas melhores notícias em seu e-mail!
notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador