Abril termina com os mercados focados na reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que começa nesta terça-feira (30) e termina amanhã, cuja aposta majoritária é de manutenção do juro básico no nível atual.
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A divulgação do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA em abril do Instituto para Gestão da Oferta (ISM/Chicago) e o resultado trimestral da Amazon (AMZO34) ficam também no radar. No Brasil, o foco antes do feriado do Dia do Trabalho, nesta quarta-feira (1º), são os dados de emprego – Pnad do trimestre até março e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês passado – e no balanço do Santander (SANB11).
No exterior, o tom é de moderação nos ativos nesta manhã no último dia do mês, em meio a uma gama de balanços e resultados de crescimento medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) na Europa. Há um certo compasso de espera dos investidores pelo início da reunião de política monetária americana.
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A expectativa é de que amanhã o juro pelo Fed seja mantido no nível atual de 5,25% a 5,50%, mas venha algum sinal de quando começarão a cair, seja por meio do comunicado do Fed, seja na entrevista do presidente Jerome Powell. Outro ponto de atenção são os resultados corporativos. Hoje após o fechamento dos mercados, sairá o da Amazon.
Nessa segunda-feira (29), as bolsas de Nova York fecharam em leve alta, apoiadas em ganhos da Tesla e balanços. Hoje, os índices futuros de ações norte-americanos caem levemente e os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) têm viés de alta. O petróleo também sobe moderadamente e o dólar avança.
As bolsas europeias caem em sua maioria, após o HSBC informar queda no lucro e na receita no primeiro trimestre e o Santander divulgar aumento na receita e no lucro. O lucro do banco espanhol, contudo, ficou aquém do esperado.
As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, após PMIs industriais chineses divergentes. No Japão, dados do banco central sugerem forte intervenção do governo a favor do iene nesta segunda-feira.
Agenda econômica no Brasil
A queda da maioria dos índices de ações no exterior pode instigar ajuste do Ibovespa, que ontem subiu e recuperou a marca dos 127 mil pontos, com o principal índice da B3 fechando aos 127.351,79 pontos. Assim, pode encerrar abril em leve baixa, o que seria o segundo mês de recuo seguido.
Os ADRs (American Depositary Receipts, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3; PETR4), cujas ações avançaram ontem na B3, caem nesta manhã no pré-mercado de Nova York.
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No caso da mineradora, seguem as atenções nos desdobramentos da proposta de acordo apresentada pela Vale, nessa segunda-feira (29), e BHP para encerrar o caso de Mariana (MG). Já a estatal informou na noite passada o relatório de produção e vendas do primeiro trimestre do ano, com alta na produção e recuo nas vendas de combustíveis.
Outro foco é o balanço do Santander Brasil. A alta dos rendimentos dos Treasuries pode pesar nos juros futuros, que ainda monitoram os dados de emprego da Pnad Contínua e do Caged. No câmbio, a força do dólar no exterior pode influenciar o real.
Agenda do dia
A pesquisa Focus será informada às 8h25. A taxa de desemprego do trimestre até março sai às 9 horas, seguida da divulgação do Caged do mês passado (9h30). O Tesouro Nacional informa o estoque da Dívida Pública Federal (14h30). Destaque ainda ao balanço do Santander Brasil e dos números globais do banco espanhol. Nos EUA, saem o Índice de Custo de Emprego (9h30), o PMI de abril, o ISM/Chicago (10h45), e o balanço da Amazon, após o fechamento dos mercados.
