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Morre Sam Zell. Veja quem foi o investidor imobiliário que apostou no Brasil

Bilionário tornou-se amplamente conhecido por popularizar o investimento em fundos imobiliários

Morre Sam Zell. Veja quem foi o investidor imobiliário que apostou no Brasil
Sam Zell morreu nesta quarta-feira (18) aos 81 anos. Foto: Mike Segar/REUTERS
  • Sam Zell, lendário investidor imobiliário, morreu nesta quinta-feira (18) aos 81 anos
  • Ele começou sua carreira gerenciando apartamentos residenciais estudantis, quando ainda era aluno da Universidade de Michigan
  • Anos mais tarde, em 1990, lançou diferentes REITs que se tornaram referência no mercado
  • Foi ainda um dos primeiros investidores norte-americanos a focar fortemente no Brasil

Sam Zell, lendário investidor imobiliário, morreu nesta quinta-feira (18) aos 81 anos. A notícia foi dada em comunicado por sua empresa, a Equity Group Investments. Segundo a companhia, ele morreu em casa devido a complicações de uma doença recente.

Filho de refugiados poloneses, que chegaram aos Estados Unidos fugindo da invasão alemã na Segunda Guerra Mundial, Zell tornou-se amplamente conhecido por popularizar o investimento em Real Estate Investment Trust (REIT), o Fundo de Investimento Imobiliário (FII) norte-ameircano.

Ele começou sua carreira gerenciando apartamentos residenciais estudantis, quando ainda era aluno da Universidade de Michigan. Em 1968, fundou a Equity Group Investments, empresa de investimentos com sede em Chicago, tendo Robert Lurie, um antigo colega de faculdade, como sócio.

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Anos mais tarde, em 1990, lançou diferentes REITs que se tornaram referência no mercado, como o Equity Office Properties Trust (EOP), com portfólio composto por prédios de escritórios, que acabou sendo vendido por US$ 39 bilhões para a Blackstone em 2007, na maior compra alavancada da história na época.

Com o dinheiro, Zell, que se intitulava “o dançarino do túmulo” por apostar em ativos problemáticos, comprou por US$ 8,3 bilhões a Tribune, grupo dono do Chicago Tribune, Los Angeles Times, Newsday, Chicago Cubs, além de um portfólio de estações de rádio e televisão. Posteriormente, precisou demitir 4.200 funcionários da empresa de mídia para torná-la mais lucrativa, o que não foi suficiente para mantê-la, já que a companhia entrou com pedido de falência em 2008.

Zell também ficou conhecido por investir em diferentes tipos de negócios, incluindo os setores de manufatura, viagens, varejo, assistência médica, energia e agronegócio. O bilionário apostou inclusive na Schwinn Bicycle Company, empresa fabricante de bicicletas fundada em 1985. Ao todo, com a Equity International, fundada em 1999, ele colaborou para o IPO (Initial Public Offering) de 12 companhias diferentes ao redor do mundo.

Foi ainda um dos primeiros investidores norte-americanos a focar fortemente no Brasil e em outros mercados emergentes, reconhecendo oportunidades com a crescente classe média do País. Participou da criação da BR Malls (ALSO3) junto à GP Investimentos e levou suas ações à bolsa de Nova York, por meio da Equity International. Também chegou a comprar 32% da Gafisa (GFSA3) por US$ 50 milhões em 2005.

No campo da educação, Zell patrocinou cursos voltados para o empreendedorismo, enviando recursos através da fundação de filantropia Zell Family ao Instituto Zell Lurie na Universidade de Michigan, onde se formou. Em 2017, foi reconhecido pela Forbes como uma das 100 maiores mentes vivas dos negócios e narrou seus princípios fundamentais para investimentos no livro “Am I Being Too Subtle?” (“Estou sendo sutil demais?”, em tradução livre).

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Zell faleceu com uma fortuna estimada em US$ 5,2 bilhões pela Forbes, na 524ª posição entre os mais ricos do mundo.

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